terça-feira, 3 de maio de 2011

NOVO BLOG

Ai... Tentei direcionar automaticamente, mas não consegui ("Ai que burra dá zero pra ela"). Então... Bem temos um novo blog, bem bonito, bem lindo, bem alto-astral, bem BIG!!! Quem quiser dar uma fuxicada, dá um pulo em:




Em breve todas as explicações necessárias. ;)

Esse Blog da Beatriz tão AMADO por mim ficará em stand by até que ela aprenda a escrever de verdade, porque ela diz que já sabe escrever, e queira compartilhar seus momentos com a galera amiga da mãe dela.

Então minha gente... O que estão esperando? Corram para:

Nosso novo blog.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Minha Experiência "Extracorpo"

Vou aproveitar meu repouso forçado para registrar minha pequena experiência, só para não cair no esquecimento (como se a dor quase insuportável que senti fosse fácil de esquecer ainda nesta vida, acho que ainda precisarei de 3 reencarnações para superar o trauma psicológico).


No domingo (10/04) à noite estávamos o M e eu conversando amenidades, deitados na cama qando ele teve a ideia genial de ir para o outro lado passando por cima de mim, normal, ele sempre faz essas brincadeiras, mas dessa vez a brincadeira virou uma "tragédia": enquando ele passava, a sua "pequena" região traseira arrastou no meu joelho direito e levou minha rótula para viver uma experiência fora do corpo...


PAVOR! Esta é a palavra que define o que senti e o que vi nos olhos dele depois que eu gritei e comecei a chorar com MUITA, MUITA, MUITA DOR! Com palavras não tem como definir exatamente o que é DOR! Eu chorava! Gritava! Ele queria me levar para o hospital, mas quando eu me mexia a sensação era de que eu desmaiaria de dor! Ficamos mais ou menos uma hora pensando (muito desesperados) no que iríamos fazer. Eu encontrei uma posição em que a dor amenizava, mas não podia me mexer, só que eu tinha que ir para o hospital, já era tarde e nós estávamos desesperados! Então ele ligou para o padrinho e a madrinha da Beatriz, que apareceram lá em casa em menos de 5 minutos (anjos), conseguiram montar uma tala de madeira e me colocar no carro. O M me segurando por baixo dos braços e a I. apoiando minha perna, no caminho minha perna escapuliu um pouco da mão dela e vi estrelas, muitas estrelas. Enfim, me colocaram no carro e fomos para o hospital. Ao chegar lá, mais sofrimento para me tirarem do carro, o hospital parou quando eu cheguei lá chorando e gritando como se o mundo fosse acabar, eu olhava para as pessoas e via pena nos olhos delas.


O M quase desmaiou quando me colocaram na maca e eu "perdi" o ângulo em que a dor ficava menor, porque eu gritava muito e as pessoas olhavam pra mim desesperadas, porque não tinham como me ajudar. No final, descobrimos que não havia ortopedista de plantão e eu teria que esperar até o dia seguinte ou procurar outro hospital. Eu preferi ficar lá tomando remédios pra dor, do que passar pelo sofrimento de me colocarem e tirarem de um carro de novo. O clínico pediu um raio-x e os enfermeiros ficaram tensos, porque teriam que me tirar da maca e depois colocar de novo. Quando um deles conseguiu me tirar sem que a rótula se mexesse, o outro disse: "Graças a Deus!". A radiografia é de dar medo, parece mesmo que minha rótula estava fora da perna! Passei a noite no hospital tomando remédios pra dor. Ás 11:00h da manhã do dia seguinte o ortopedista chegou e muito calmamente disse que colocaria minha rótula no lugar ali mesmo no quarto onde eu estava sem medicamentos, sedação ou anestesia. Chorei muito!!! Acho que ele levou uns 4 minutos para colocar minha rótula no lugar, o M. que estava do lado de fora do hospital entrou no quarto porque tinha me ouvido gritar lá da rua! A enfermeira o convidou a se retirar do quarto, porque ele estava "azul"! A dor que senti é simplesmente INDESCRITÍVEL!!! Ele puxava minha rótula, mas parecia que ela estava "presa" em alguma coisa e não se mexia..horrível!!! Quando ele enfim conseguiu colocá-la no lugar eu ouvi um"Tréc"! E chorei, chorei, chorei, de alívio (apesar de continuar com dor). Saí de lá com a perna imobilizada.


No sábado fui ao médico achando que tiraria a tala, faria fisioterapia e seria feliz. Ledo engano... Tirei a tala e meu joelho estava roxo e três vezes maior que o normal! O ortopedista disse que quando a rótula saiu do lugar, um ligamento foi rompido e que eu preciso ficar de repouso (imobilizada novamente) para ele cicatrizar. 3 SEMANAS!!! Ontei tirei a tala com gesso (meu joelho continua inchado :( ), porque estou emagrecendo na velocidade da luz e a tala com o gesso estava ficando frouxa e escorregando da perna (vergonha) e estou usando uma "tala" móvel, até porque eu precisava tomar um banho decente! Mas não posso tirar esse treco do joelho pra mais nada!


E aqui estou eu, numa situação um tanto quanto entediante, ainda mais porque nem sei quando vou poder voltar para academia e eu estava num ritmo muito bom, tava vendo resultados de verdade... mas como diz o ditado: "Deus escreve certo por linhas tortas", e comigo Papai do Céu tem sido SEMPRE extremamente generoso com suas "linhas tortas" ;)


Uma foto que só deverá ser "apreciada" por quem tem "estômago forte".


Se não der para ler: a seta perto da "bola branca" (minha rótula) mostra onde ela foi parar e a outra seta mostra o local onde ela deveria estar.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

sábado, 19 de março de 2011

O Problema da 6a Feira

Cara as sextas-feiras não têm sido muito legais pra nós. Por algum motivo interestelar a Beatriz tem se machucado e ficado doente nesse dia. :( Já foram três! Atenção astros do universo, já chega por esse ano. Ok?

Primeiro foi o banho de mangueira na escola. Febre, nariz escorrendo, tosse... Dia 18/02 estávamos na pediatra...

A sexta passada foi a PIOR!!! Escutei Beatriz correndo e gritando com as amiguinhas e comentei com minha irmã, como se já soubesse o que estava por vir (afinal Beatriz está para corrida, assim como Ronaldinho Gaúcho está para beleza):

- Beatriz correndo...

Sem mentira, quando acabei de falar a casa encheu de crianças gritando:

- Beatriz caiu! Beatriz caiu!

Saí correndo e vi minha bichinha lá caída no chão, chorando absurdamente :(((((( Quando a peguei no colo e coloquei a mão na cabecinha dela, um galo gigantesco bem na curvinha da cabeça, ela caiu de costas. Um desespero, ela não parava de chorar. Foi horrível!!! Como nesta cidade superdesenvolvida não tem um hospital público decente, nem uma clínica particular que tenha emergência, fomos parar lá na AMIU em Botafogo. Uma horinha de carro. :/ Fomos super bem atendidos. A pediatra disse que ela estava bem: não tinha desmaiado nem vomitado, e o sono que ela estava era normal, já que ela não tinha dormido à tarde. Que não havia necessidade de fazer tomografia, pois a exposição à radiação era equivalente a 400 radiografias! Pediu que colocássemos gelo sempre que a Beatriz "deixasse" e passou um remédio pra dor, caso ela reclamasse. Disse que tínhamos que observar e que se ela ficasse muito sonolenta, desmaiasse ou vomitasse, deviamos voltar imediatamente para o hospital! Saí da clínica um pouco aliviada, mas quando coloquei os pés na rua, parecia que eu estava em outra "realidade" (talvez em Matrix), não sentia o chão, só via um" branco", com certeza minha pressão estava mais baixa que o normal que é 10/6, e parecia que eu é que desmaiaria. Chorei, chorei, chorei!!! Fiquei sem forças! Viemos embora e Graças a Deus Beatriz esteve bem durante toda a semana:dançando, cantando, rebolando... =)

Ontem, que dia mesmo hein? Ah tá, sexta-cocô-feira! Como o habitual, Beatriz saiu da escola e foi para casa da Vovó I. (todas as 6as ela vai pra lá). Estava com meu almoço no prato e a avó dela liga dizendo que ela estava com febre. De repente escuto Beatriz chorando, gritando!!! Pedi pra falar com ela, e ela chorando, falou pra eu ir pra lá. Quando cheguei, ela já estava mais calma. Estava gritando quando liguei, porque tinha tido um pesadelo... A tarde e a noite: febre, febre, febre, febre, febre!!! Como não tinha outro sintoma que pudéssemos perceber "a olho nú" até porque não somos médicos, procuramos um hospital público mais perto daqui, em Parada Modelo. Já tinha medicado a Beatriz, porque eu não deixaria minha filha ter convulsões, ela já estava com 38,8 de febre! Quando chegamos no Hospital, me surpreendi: limpinho, fomos super bem atendidas na recepção, Beatriz até ganhou uma carteirinha! Ok! Muito bom pra ser verdade... A pediatra chamou rápido, mas estava num mau humor! Fez cara feia quando eu disse que já tinha dado Paracetamol, porque ela prefere que a criança chegue lá sem ter sido medicada em casa, que aí ela receita uma injeção de Dipirona e a febre passa mais rápido (Quê??? Já existe curso de medicina por correspondência e dar Dipirona injetável é "O Procedimento" para febres que não sejam acompanhadas de outros sintomas? Eu não tinha ido lá para ela fazer a febre da minha filha passar eu fui lá para saber por que ela estava com febre! E uma outra médica já tinha feito a mesma coisa com meu afilhado de 4 meses que chegou lá com dor. Tentou dar luftal na colherinha e ele vomitou. Como ele estava com DOR, que pelo exame que ela NÃO fez, achou que ele estava com cólicas. Medicação? Dipirona injetável. A dor passou, ok! Mas quando a mãe dele o levou à outra pediatra no dia seguinte, um simples toque atrás da orelha e uma olhadinha com aquele aparelinho mostrou que ele estava com o ouvidinho inflamado. Pra que examinar a cabecinha toda,né? Pra eles lá foi assim: É bebê? Tá chorando? É cólica! Toma Luftal que passa! Ah ele vomitou? Dá Dipirona injetável! Meu Deus!!! Que milionário deve estar o criador do Dipirona Injetável, CURA TUDO!!!). A (?)Pediatra(?) disse que não havia como dar diagnóstico, porque ainda não tinha 24h. ALLLOOOOWWWW!!! Acho que ela não dever ser mãe! Vou esperar minha pequena ficar com febre 24h pra procurar um médico e ainda por cima s
em medicá-la?????? Até parece!!! Auscutou Beatriz em pé e ia ver a garganta dela em pé também, mas como Beatriz estava descalça, pisando no meu chinelo (saímos de casa com pressa e ela estava no colo, acabou indo sem calçado), a pediatra com a maior cara de cú do mundo grunhiu, ou melhor, mugiu, para eu colocá-la na maca. Não examinou o ouvido, não fez aquele teste de encostar o queixo na nuca, só enfiou aquele palitinho na boca da Beatriz, com tanto amor, que quase a fez vomitar! Eu já estava muito PUTA da vida! No fim, disse que a garganta dela estava um pouco vermelha, mas não receitou nada, e ainda disse que eu não deveria dar antiinflamatório pra ela (afinal quem é a médica mesmo, hein? É claro que eu não daria uma porra de um antiinflamatório qualquer para Beatriz, só porque a puta bruxa da pediatra não tinha "coragem" para dar um diagnóstico de garganta inflamada e ter o mínimo de compromentimento de receitar algo. Óbvio que no dia seguinte procuraria um médico de verdade!). Só disse que eu teria que dar um banho frio na Beatriz lá no Hospital e que ela só poderia ir embora quando a febre baixasse. Ela pediu para enfermeira me indicar onde eu deveria dar o banho. A enfermeira perguntou se eu tinha uma toalha. Mas por que cargas d'água eu deveria ter uma porra de uma toalha? Eu saí de casa para ir para o Hospital, não pra praia! Eu disse que não tinha e ela me deu um lençolzinho do Hospital para eu secar a Beatriz. Ahan Cláudia, senta lá, que eu vou usar esse paninho nela (quase pensei isso alto). Entrei na salinha pra disfarçar e saí "fugida" do Hospital. Banho eu dou em casa, e a febre já estava baixando também (afinal ela já tinha sido medicada pra febre. Eu tinha ido lá para tentar descobrir POR QUE MINHA FILHA ESTAVA COM FEBRE!). Viemos embora, Beatriz ainda deu febre de noite e agora de manhã. Hoje cedo fomos a um pediatra querido que atende aos sábados. Realmente a vaca da (pseudo) pediatra tinha razão, a garganta dela está meio inflamada, nada grave. O médico receitou um antiinflamatório (procedimento padrão quando uma garganta está inflamada, né? Ah, não! Esqueci que o que cura garganta inflamada é banho frio!). E hoje, Beatriz está melhor, ainda está dando febre, mas faz parte do "processo", né?

Cara, uma coisa que eu fico PUTA é com gente que não se compromete com a profissão! Depois que a Beatriz nasceu, quando a licença maternidade terminou, eu voltei a trabalhar. Mas teve um momento em que percebi que não estava conseguindo trabalhar direito, nem ser mãe direito, decidi sair do trabalho e hoje a minha Profissão é "MÃE", e modéstia a parte, me considero uma excelente mãe! Erro e acerto, como todo mundo, mas AMO o que faço, que é cuidar da minha filha. MINHA escolha! No meu caso foi assim, mas conheço mulheres que são excelentes mães e profissionais ao mesmo tempo, pra mim não deu, sinto falta do trabalho, das planilhas, das amigas, mas sou feliz assim! Acho que pra ser pediatra a condição sine qua non (principalmente a de dignidade) deveria ser gostar de atender crianças e entender o coração de mãe. Ter paciência, se preocupar de verdade com a vida que foi posta em suas mãos. Tá revoltadinha por que ganha pouco? Ou por que está há tantas horas de plantão? Ouça o sábio conselho do Capitão Nascimento do Tropa de Elite: PEDE PRA SAIR PORRA! Não maltrate as pessoas, não deboche, não seja grosso. Estar ali foi SUA escolha! A pessoa já está com o filho doente, e só uma mãe sabe quanto dói o coração ver seu bebê com dor e não poder fazer muita coisa. Pra lidar com a saúde alheia acho que o profissional deveria pelo menos ter um bom coração. Ainda estou com raiva, mas no fim, a gente tem que orar mesmo por gente tão infeliz com a vida. Minha filha está bem, com saúde e só isso basta pra encher meu coração de paz e alegria.

E astros cabalisticos das sextas-feiras, por favor liberem nossos anjos da guarda por enquanto. Porque se eu tiver que lidar com outro "ser sem luz e sem amor" como essa pediatra do Halloween, não sei se vou ter tanta paz de espírito pra não mandá-la tomar no cú antes de mais nada.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Ontem foi um Dia Importante

Então... 399 anos sem passar por aqui e hj voltei para contar algo importante! Não voltei aqui pra contar:

- Que na festa de encerramento do ano (colégio), a Beatriz foi a lagosta. E era a lagosta mais Linda e mais Dançarina de todas (quem tem Orkut sabe).
- Que o Natal foi muito bom!
- Que no Reveillón ela teve intoxicação alimentar e tivemos que ir para o hospital com ela às 9h da noite. :(
- Que ela anda querendo muito um irmãozinho (menino, porque menina já tem ela)
- Que ela tem 3 namorados: O pai dela, o Gustavo do "Esconderijo Secreto" Discovery Kids) e o Felipe Pompom, que mora na rua da Vovó I.
- Que ela fala que é puxa-saco do pai dela, mas continua sendo o MEU carrapatinho.
- Que descobrimos que ela tem os ligamentos frouxos (não é grave e ela está tomando homeopatia) e que futuramente poderá trabalhar no circo como contorcionista, por conta da sua elasticidade "anormal".
- Que estou tentando ensiná-la a mergulhar.
- Que ela AMOU o filme "Enrolados"
- Que ela está ENOOOOOOORRRRRME E LIIIIIIIINDA E INTELIGENTE, MUITO INTELIGENTE (ok, sou CORUJA)!!!
- Que no Primeiro dia de aula ela ficou bem, "porque já conheço a a outla tia, porque as vezes ela ia na minha salinha do maternal".
- Que anteontem ela trouxe "dever de casa" e estava numa felicidade só.
- Que ela não quer usar mais o penico, porque já é menina grande (mas ainda usa chupeta e fralda pra dormir :()
- Que esses dias fiz 23 anos (32 pra quem preferir ;D), e que sou uma pessoa a cada dia mais feliz por causa dela!
- Que eu estava torcendo pelo Belfort, mas ele perdeu pro Anderson Silva... :( :( :(

Poderia contar tantas coisas que aconteceram depois da última vez em que postei aqui, mas ontem aconteceu uma coisa tão legal e esse post é "só" para contar essa:

O M. vendo o jogo do Flamengo e eu dando banho nela, de repente ela:

- Mãe, selá que o Flamengo ganhou?
Eu: - Ainda não filha, o jogo começou agora.
Ela: - Mas selá que ele vai ganhar mãe?
Eu: - Não sei, filha. Tomara que sim, mas por que você está tão preocupada se o Flamengo vai ganhar?

Ela: - Porque eu gosto do Flamengo mãe!

Ahhhhhhhhhhhhhh que Linda minha Flamenguista!!!

E deixo aqui uma pergunta:

"O QUE FAZ VOCÊ FELIZ?"


terça-feira, 23 de novembro de 2010

Está Aberta a Temporada das Chantagens

Então... Outro dia, ou melhor outra noite, a Beatriz cismou que queria tomar banho. Ok! Que legal! Ela gosta de tomar banho! Na verdade tudo isso seria realmente bem legal se a moçoila já não estivesse de fraldinha pra dormir, não tivesse tomado sua mamadeira e não tivesse feito todos os rituais que precedem uma deliciosa noite de sono... Mas ela cismou, e cismou e cismou. Eu conversei, expliquei, mas nada... Ela queria tomar banho e ainda me disse que se eu não desse banho nela, ela ficaria triste comigo, e para ajudar o pai ainda fala:

- Dá um banhozinho nela, Beth.

E lá vou eu dar banho na pequena. ERRO! Cedi às chantagens... No dia seguinte, estava frio e eu a vesti com uma meia-calça e a calça do uniforme para ela ir à escola. Este tempo maluco nos brindou com um belo sol na hora em que estávamos saindo de casa. Eu disse pra ela:

- Beatriz se você sentir calor na escola, pede pra tia tirar sua meia-calça.

Ela: - Não mãe, maix eu quelo ir de xaia!

Eu: - Beatriz nós já estamos atrasadas e eu não vou trocar sua roupa. Vamos!

Ela: - Maix eu quelo ir de xaia. Se voxê não colocá minha xaia, eu não vou andá e nem voxê vai andá! Aí ninguém vai pá ixcola!

Eu: - Tudo bem! Eu vou andar, porque eu ando com as minhas pernas e você não precisa andar, porque você vai no colo.

Dei um beijo nela, a coloquei no sling e fomos. Ela não fez pirraça nem nada, só deu um resmungo.

- Então tá, maix amanhã eu vô di xaia!

Eu concordei e ficamos bem.

Agora a de domingo foi a "PIOR"! Já estava tarde, eu tomei banho e perguntei se ela queria tomar um banhozinho para dormir. Ela estava assistindo "Ratattouile" com o pai dela e nem olhou pra minha cara, só disse que não e fez que não com o dedinho. Eu perguntei se ela tinha certeza e ela respondeu que sim. Ok! Tudo certo! Fizemos todo o ritual noturno (mamadeira, escovar dentes, tomar a homeopatia, fazer xixi, colocar a fralda e ainda passar pomada nas milhares de picadas que um mosquito idiota deu nas perninhas dela. :(). Quando eu deitei do lado dela, adivinha?!?!?!?!?

- Mãe, quélo tomá banho!

Ah, mas nem pensar que eu ia dar banho nela! Eu tinha perguntado, e ela tinha dito que não queria tomar banho, pôxa! Bem não foi simples dizer não, foi mais de uma hora de chantagens:

- Si voxê não mi dé banhu, eu também não vô ti dá banhu... Xi voxê mi dé banhu, eu dô banhu em todo mundo... Xi voxê não mi dé, também não vô dá em ninguém: não vô dá em voxê, não vô dá nu meu pai, não vô dá no Kalú, nem no Flapo.

Deitei do lado dela: "Mas filha, eu perguntei e você disse que não queria... Eu já coloquei sua fraldinha, sua perna já está cheia de pomada..."

Ela: - Também não vô durmi com voxê, vô ficá coladinha com o meu pai!
Eu: - Tá bom, então eu vou dormir lá na sala, tchau!
E fui pra sala.

Daqui a pouco o M. me chama, quando cheguei no quarto ele:

- Beth, a Beatriz falou para eu desligar o ventilador para ela suar muito e você ter que dar banho nela!

Eu respondi que não ia dar e voltei pra sala. Daqui a pouco lá vem ela, com a mesma história que se eu desse banho nela, ela daria em todo mundo, que se eu não desse, ela também não daria em ninguém... Eu voltei para o quarto e a chamei, ela:

- Não vô durmi! Vô ficá aqui na xala, no ixculo até di manhã!

Fui para o quarto. Dois minutos depois vem ela com a mão na cintura:

- Hã! Só vim aqui vê a hola qui voxê vai me dá banhu! Hã!

Eu já deitada e ela em pé: uma mão apoiada no guarda- roupa, a outra na cintura e o pezinho batendo no chão (a típica imagem desafiadora das "barraqueiras").

- Hã! Só vim aqui vê a hola qui voxê vai me dá banhu! Hã!

Eu e o M. tentando prender o riso, apesar da situação ser um pouco estressante, estava muito engraçada, mas a gente não podia rir, né? A chamei com toda a paciência do mundo, a deitei na minha barriga, conversei, fiz carinho e disse que não daria banho nela. Ela estava cheia de sono, mas não desistia fácil, saiu da minha barriga, se agarrou no pai e disse que não dormiria comigo. Desliguei a tv e fiquei mexendo na internet no celular, ela se agarrou no meu pescoço, e só deitou direitinho para dormir, quando desliguei o telefone também... Enfim dormiu, sem banho.

Durante todas as manifestações de "aborrecimento" dela, confesso que tive muita vontade de dar banho nela, não me custaria nada. Mas ela como criança tem que saber, que nem sempre nós (não só nós, os pais, mas todas as pessoas que conviverão com ela durante a vida) faremos as vontades dela, nem sempre iremos fazer concessões. Foi uma banalidade? Até foi! Mas apesar de todo o meu peso na consciência por vê-la chorar, de correr o risco de deixá-la triste comigo, senti que não deveria ceder naquele momento. Até porque, parece que ela aprendeu a fazer chantagem e tudo agora é assim:

- Xi voxê não fizé ixu, eu também não vô fazê! Xi voxê fizé ixu, eu também vô fazê!

Ai, ai... Ser mãe... Agora ela acabou de acordar e está aqui abraçadinha comigo. :D Não há nada melhor!

* E já combinamos que agora vou dar banho nela todas as noites, para ela dormir bem "relax".

- É por causa da bliga, papai! Pla não tê maix bliga!



terça-feira, 16 de novembro de 2010

Ela e as "Matemáticas"

Outro dia a Vovó I. trouxe 3 pacotinhos de bala das Princesas (aquelas de gelatina) para a Beatriz. No mesmo dia ela detonou 2 e ficou com 1 para levar´para o colégio. Passaram-se alguns dias e ela esqueceu que o pacotinho de bala estava na mochila e veio me perguntar:

- Mamãe cadê aquele meu pacote de bala das Plincesas?
Eu: -Ué! Você já comeu!
Ela: - Não comi nada mãe!
Eu: - Comeu sim Beatriz, naquele dia, lembra? (sendo que ela realmente não tinha comido, estava na mochila. Eu só estava querendo deixá-la "bravinha").
Ela: - Não mãe! Eu não comi! Óia só: Minha vó me deu tlês (aí fez o três com os dedinhos da mão).
Eu: Aham, e daí?
Ela: Eu comi 2 (aí fez o dois com os dedinhos).
Eu (provocando): - Então filha, aí acabou, né?
Ela: - Acabou nada mãe! Soblou uma ué! Cadê minha balinha?

Caraca! Eu fiquei de queixo caído! É óbvio que ela não tem noção de matemática, mas ela fez uma continha sem nem saber o que estava fazendo, apenas usando da noção de que aquilo era óbvio. Eu sinceramente não esperava que ela saberia subtrair assim, tão certinho. Fiquei mesmo chocada! E eu toda boba e contando pra todo mundo, lógico!

Tão inteligente a minha Bebê Grande... :D

* Ah tá! E o pacote de balas ainda estava na mochila e claro que depois dessas surpresa matemática, eu dei o saquinho de balas para ela e também dei muitos, muitos beijos.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Piolhos FOOOOORAAAAA!!!!!

Outro dia estava dividindo o cabelo da Beatriz para fazer "maria-chiquinha" e o que eu encontrow!?!?!?! Um piolho G-I-G-A-N-T-E!!! Fiquei deseperada, porque eu via o cabelão dela crescendo e pensava: "Se cair um piolinho aqui, ele vai fazer um estrago...". Comecei a procurar mais e felizmente não encontrei. No dia seguinte, avisei à professora e continuei o "cata-cata". Só achei algumas lêndeas mortas... Passaram-se alguns dias, encontrei outro monstro quase no mesmo lugar, que tinha achado o primeiro. :( Minha mãe lavou o cabelo dela, procurou um pouco, achou algumas lêndeas mortas e algumas vivas. Aí eu já estava começando a ficar paranoica!!! Tadinha da minha bebê... Ultimamente tem andado muito de tranças e afins para não dar bobeira de cair mais nenhum monstrengo, porque por algum motivo misterioso (acho que também é por eu estar olhando sempre a cabeça dela), não tenho encontrado mais piolho. Na parte de trás da cabeça, as vezes acho uma ou outra lêndea seca, felizmente elas tem morrido antes dos monstros "nascerem", mas sempre que vou pentear o cabelão faço uma "caça às bruxas". A Beatriz já não aguenta mais, mas não há outro jeito. Deus nos livre de uma "Fazendinha", como diz minha mãe. Fooooooooooooooraaaaaaaaaaa Monstros!!!

*No dia 26.10, nosso afilhado Ícaro nasceu e ele é o menino mais lindinho e fofo do planeta. :) Seja Bem Vindo!!!


** Vendo minha pequena ballerina fazendo passinhos aqui em casa e assistindo às coreografias do espetáculo de fim de ano lá do ballet dela, ando amadurecendo a ideia de enfim, voltar a fazer ballet ano que vem. Vamos ver qual será minha "situação laboral" em 2011. :D

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Beatriz Ballerina

Há uns dias atrás decidimos que colocaríamos a Beatriz no ballet. Não foi uma decisão assim do nada. Já andávamos conversando sobre isso, ela já demonstrava interesse e já dava umas piruetas aqui em casa.

Na nossa magnífica e avançada cidade há 2 escolinhas de ballet. Uma bem pertinho de casa e outra mais ou menos. Tinha me decidido pela mais ou menos perto por causa do horário, então a levei para fazer uma aulinha e ver como seria. Não gostei! Meninas grandes misturadas com meninas pequenas, pouco alongamento, a professora já ensinava os passos dando seu nomes "técnicos e franceses" e passou mais da metade da aula "ensaiando" a coreografia do fim do ano. Ok! Não sou formada em ballet e os 8 anos que fiz (dos 4 aos 12) não me certificam tecnicamente para me intrometer na metodologia alheia, mas para minha filha, não achei interessante.

Na semana seguinte a levei na outra escolinha, a daqui de perto de casa. São dois horários: um aos sábados de 9:00h às 10:30h e o outro às segundas e quartas das 17h às 18h. Primeiro a levei para fazer a aula de sábado e gostei bastante! Muito alongamento, brincadeiras lúdicas, meninas da mesma faixa etária... Mas ter um compromisso aos sábados é complicado. As vezes a gente quer sair, viajar, dormir até mais tarde e acaba ficando presa à "obrigação". Então, como sou uma mãe só um pouquinho chata (aham, só um pouquinho), a levei para fazer a aulinha de segunda-feira. Gostei mais ainda! Aulinha bem animada e "produtiva"! A professora é bem novinha, mas tem bastante "jogo de cintura" com as meninas. Bem legal!

Pena que minha Dugs não vai poder participar da apresentação do fim do ano, porque não vai dar tempo de preparar o figurino das alunas novas, mas ela está gostando muito das aulinhas. Todo dia pergunta se tem ballet e fica super feliz quando chega a hora da aula. Isso é que é importante! Vê-la bailando FELIZ pela casa. #ADORO!!!

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Ela Definitivamente é a Imagem do Colégio

Este post sobre o bem que o colégio tem feito, já era para ter sido escrito há algum tempo, mas depois do que aconteceu hoje, não podia mais adiá-lo.

A decisão de colocá-la no colégio foi bem pensada, tivemos medo de forçá-la a viver uma rotina que não seria adequada e nem necessária por ela ser tão "nova". Mas depois de decidido e de observar o comportamento dela nesse meio ano de escolinha, cheguei à conclusão de que foi uma decisão acertada, indubtavelmente.

O primeiro mês foi bem difícil. Acho que foi mais ou menos 1 mês mesmo, que eu ficava das 8h às 11:30h com ela na escolinha (o lado bom de eu não ter um emprego) tentando adaptá-la a todas aquelas novidades escolares. Sempre conversando com ela em casa, sempre dizendo que ia ao banheiro na escola do outro lado da rua (onde ficam as crianças maiores) demorando 5, 10, 15 minutinhos (mas sempre voltando), sempre mostrando que eu confiava nas tias e que ela também podia confiar,... até que um dia ela não chorou mais. Ficava pensando que nunca chegaria esse dia, mas ele chegou e hoje ela entra no colégio correndo sem nem me dar um beijo (só pra eu sair correndo atrás dela, é um ritual!).

Ela era super medrosinha, bem introvertida e a chupeta ficava o dia inteirinho na boca. Nossa! Como ela mudou!!! Ela está desinibida, (mais) falante, simpática, dançarina, já sabe "lutar" mais pelo que quer e a chupeta tem ficado um pouco mais esquecida. Já está até dormindo no quartinho dela (comigo no colchonete ao lado - "virtualmente"). O colégio só faz bem à ela! As tias e tio (professores, a tia que limpa o pátio, as coordenadoras, a dona do colégio...) amam o colégio e fazem com que as crianças se sintam em casa com pessoas que as amam como nós (pais, avós, tias, tios...). Sem contar o ambiente em si, com os escorregas, as árvores, as mesinhas no pátio, a areia... A Beatriz hoje é uma criança ainda mais feliz e mais livre, mais solta... E isso deixa meu coração radiante!

Ela está perdendo os medos e me levando junto. Eu, que sou bizarra andando de bicicleta, hoje a levo todos os dias de bike, porque ela ama ir para escola observando a paisagem, coisa que no colo não dá pra fazer e andando... bem andando a preguiça não "permite" ;). Com medo, com extrema prudência, atenção mais que redobrada, lá vamos nós sobre as duas rodas! No fundo ela acabou virando um exemplo para mim, para eu ser um exemplo pra ela. E o próximo passo é perder o medo de dirigir, por ela, por nós.

Hoje o pai foi levá-la e buscá-la, quando ele não trabalha as sextas-feiras, essa "tarefa" é dele. Ela adora! Depois do colégio, ele a levou para a casa da avó I. (também faz parte da rotina ela passar as tardes de sexta lá). Eu tinha acabado de chegar da academia e o M. chegou em casa com um "termo de autorização de uso de imagem e nome", que nós teríamos que assinar (caso concordássemos) e a novidade é que a Beatriz e um amiguinho dela, o L (que nós Amamos!) foram escolhidos para representar o colégio. Sei que atualmente a gente tem que pensar um milhão de vezes antes de expor nossos filhos, independente da maneira que seja. Mas tenho que confessar que quando o M. chegou aqui com essa novidade, me senti feliz, orgulhosa, com litros e litros de baba escorrendo! Na verdade não sei os critérios que foram utilizados para minha pequena ter sido escolhida, mas tive uma sensação boa, porque a minha filha realmente é a imagem do colégio! Ela mudou, se desenvolveu, demonstra ser uma menina feliz, porque nós a amamos, a tratamos com todo o carinho do mundo e tentamos educá-la para que ela cresça sendo uma menina de bom coração (mas não boba!), e apesar de todos os nossos "esforços", tenho que admitir que a dedicação das tias e o ambiente do colégio têm nos ajudado muito. :) E a escola e a imagem da minha filha.

Esta ela aprendeu lá:

"Meus olhinhos são pala vê,
Meus ouvidos pala excutá,
Minha boca pala comê,
E meu naliz pala cheilá
Completando us meus xentidos,
Eu tenho as mãos pala pegá,
E us meus blaços são bem complidos
P'lo meu amigo eu ablaçá"

#AMO!!!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Enfim... A FESTA!!! (e eu super atrasada, como sempre!)

Fico chateada por ficar taaaaaanto tempo sem vir aqui para registrar os "acontecimentos", mas e a preguiça?!?!?!?!?

Depois de muita correria, "estresse", dedos furados com palitos de dentes... enfim tivemos a tão esperada festa de 3 anos das Princesas!!! E foi muito, muito, muito maravilhosa!!! A Beatriz estava LINDA (of course mamãe coruja)! E estava tão feliz e se divertiu tanto, que ficamos extasiados!!! Ela aproveitou a festa, dessa vez ela sabia que era a festa dela e nós a deixamos livre! Correu muito, pulou muito, comeu muito, sempre acompanhada das amiguinhas. Foi Lindo! Eu fiquei meio ocupada com os convidados e apesar de saber que nem 5% das pessoas que convidei conhecem o blog, tenho que agradecer do fundo do coração pela presença de todos. Amigos queridos e amados, que vieram de perto, que vieram de looooonge, pessoas que realmente têm carinho pela nossa família. Isso não tem preço mesmo! Obrigada!

A festa foi tão boa e deu tão certo, que até o M. que é meio reticente com as "FESTAS", no dia seguinte já estava fazendo planos para o próximo ano. A Beatriz já escolheu o tema: Minnie Mouse!

O dia de sábado (07/8) foi C-O-R-R-I-D-O!!! Demais!!! Era pegar pão de cachorro-quente num lugar, pegar as queijadinhas em outro, terminar de fazer as casinhas de doces (a última ficou pronta às 16:45h desse dia!), acompanhar a montagem da festa (só ficou pronta às 18:40h e a festa começaria às 19:00h), arrumar a Beatriz, me arrumar, receber os convidados que chegaram às 18:30h... Foi uma loucura, mas valeu cada ponta de dedo colado com cola-quente... A Beatriz estava muito feliz! E nós então!!! A única coisa que me chateou um pouco foi o bolo... Fiz com a pessoa que faz desde o primeiro aninho, dei o desenho com mais de um mês de antecedência e ela fez o bolo totalmente diferente do que eu tinha pedido. :( Ficou bonito, ficou, mas não tinha nada a ver com o que eu queria. Fiquei muito chateada, porque a pessoa é minha vizinha, me vê quase todo dia e se não podia fazer do jeito que eu pedi, que me avisasse antes, foi uma situação muito chata, que a fez perder uma cliente. Fazer o que, né?

Voltando para a parte boa, a Beatriz ganhou muitos presentes e eu também tenho que agradecer por isso. Não pelos presentes em si, mas pelo carinho que a gente viu que as pessoas tiveram em escolher algo pensando na minha pequena, independente do que fosse, ela gostou de TUDO que ganhou!!! Ficamos atá 1h da manhã abrindo presentes e não conseguimos ver nem brincar com todos (que era o que ela queria!). No dia seguinte já acordou abrindo mais caixas. Mais uma vez, muito obrigada! Sei que vocês podem pensar que é puxa-saquismo (essa é pra vocês mesmo ;)), mas a Beatriz AMOU os quebra-cabeças e a massinha dos Backyardigans, e o quebra-cabeça da Minnie, que ela ganhou de uma amiguinha do colégio. Ela não desgruda deles, até a caixa-registradora que tinha sido o presente favorito, ficou de lado. Acho que o fato de a elogiarmos quando ela consegue montar, conta muito nesse processo de "preferência", ela é vaidosa. :D

E como a roda da vida não pode parar, estou tentando "reservar" um tempo para fazermos um "First In, First Out" no quarto dela. Em breve, teremos uma grande doação dos brinquedos que ela já não brinca. Eu amei Toy Story, mas esse filme acaba deixando a gente meio egoísta. Se a gente parar para pensar que os brinquedos ficam tristes quando são doados, muitas crianças que infelizmente não têm nenhum brinquedinho, perdem a oportunidade de ganhar um brinquedo novinho, que quase nem foi usado, e que está num canto jogado, pelo simples motivo de não querer deixá-lo (o brinquedo) triste. Pode parecer brincadeira, mas conheço uma "pessoa" que tem "problemas" com brinquedos porque quando éramos pequenas vimos uma peça em que os brinquedos eram maltratados e a noite se revoltavam contra seus donos. Os bonecos "dessa pessoa" eram tratados quase como se fossem pessoas também. E ainda tem aquele negócio: "Ah, mas esse não pode dar, porque foi fulano que deu e blá, blá, blá..." Por isso que quando arrumo os brinquedos para doação, gosto de arrumar sozinha! Não tem porque ser egoísta e ficar se prendendo a coisas tão pequenas. Se eu der um presente para uma criança, ela gostar, brincar por um tempo e depois doá-lo porque não brinca mais, é óbvio que não vou ficar chateada. Algumas coisas têm que terminar para serem recomeçadas, a vida é assim, fico feliz em saber que outra criança também vai ter a oportunidade de brincar, em vez de deixar o brinquedo acumulando poeira e ocupando espaço.

Então é isso. A minha Dugs fez 3 anos, está cheia de vontades =/ (próximo post), está esperta, Linda, engraçada e cheia de saúde (que é o primordial, para nós mães ;D)... A festinha nos cansou, mas foi Perfeita (quase, se não fosse um pequeno incidente MUITO desagradável e MUITO desnecessário no final... :(). E mais um ciclo "termina" e mais um ciclo "começa". Obrigada Papai do Céu por todas as bençãos.

FILHA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! TE AMO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

quinta-feira, 29 de julho de 2010

3 ANOS!!! CARPE DIEM!!!


Ontem (re)iniciamos uma nova fase: Beatriz dormindo no quarto dela (de novo). O combinado foi o mesmo da outra vez, aquele em que eu ficaria um pouquinho no quarto dela, um pouquinho com o pai dela no nosso quarto, um pouquinho com ela, um pouquinho com o pai dela... e assim serão minhas noites. ;) Às 22:30h de ontem, depois de uma tarde no Shopping assistindo "Shrek", andando naqueles carrinhos eletrônicos e pulando muito na cama elástica, depois de 1h de ônibus, a noite de sono dela foi longa... A minha nem tanto, a cada barulhinho corria para o quarto dela, e minha bebê, que agora tem 3 anos, dormindo feito um anjo que ela é. Às 6:15h fui para o colchonete no quarto dela e às 7:30h, no melhor do meu soninho, ouço aquela voz com aquele sotaque meio "grosso" das meninas daqui da cidade:

- Ô mãe acóda qui já tá di manhã!

3 aninhos... Que alegria foi poder, mesmo sem ter dormido, ter sido acordada pela minha Dugs. Ela ficou feliz por ter visto que eu não menti, que eu realmente dormi ali no colchonete do lado dela. Ainda tentei convencê-la a dormir mais um pouquinho na minha cama, já que o pai já estava saindo para o trabalho, mas ela deitou do meu lado e começou:

- "Te dei o xol, te dei o maaaaaar, pá ganhá xeu colação, voxê é raio di xaudadi, meteólo da paixão, expôsão de sentimento que eu não pude acleditá, ahhhhhhhhhhh como é bom podê ti amáááááááá!"


E cantou uma vez, duas vezes, três vezes, aí eu percebi que minhas esperanças de tirar mais um soninho tinham ido por água abaixo... Anyway... Hoje ela faz 3 anos!!! Maior benção não pode existir!!! Que sono que nada! Vamos curtir o dia!!! Ela continua cantando, já desenhou um pouquinho, cantou de novo e agora está aqui arrumada esperando a avó chegar, porque a avó disse que tem uma "sorpêsa" pra ela (a boneca que ela tanto queria, aquela tal que faz cocô. =/).


Hoje é um dia especial, como todos os dias em que agradeço a Deus por mais um dia... Hoje é especial, porque além de ser mais um dia, é mais um ano! Que Deus abençõe SEMPRE a minha Duduguete! Que venham sempre mais muitíssimos dias, muitíssimos anos!

* Ela está de "saluel" ;D

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Paty do AlFérias

Na semana passada fomos aproveitar o início das férias dela e o fim das férias do M. em Paty do Alferes. Foi muito, muito, muito bom!!!

Ficamos no hotel Arcozelo. A estrutura do hotel é excelente: Parquinho Externo, Brinquedoteca, 3 piscinas externas, 1 interna aquecida, sauna, 1 ôfuro grande e 3 mini-ofurôs, cinema, salão de convençoes, um salão com acesso a internet wireless, 1 bar grande, 1 salão com 2 mesas de sinuca, 1 sala de jogos com totó (pebolim), 1 salinha com 2 video-games, boate, quadra de areia, campinho de grama, 1 campo de society, cozinha da mamãe, videokê e 1 belo restaurante. Ah o restaurante...

Na verdade, apesar de todos esses espaços interessantes, apenas 3 lugares foram beeeemm frequentados. O primeiro foi o restaurante, óbvio. A diária era de pensão COMPLETA: café da manhã, almoço, lanche, jantar e chá. Café da manhã, almoço e jantar: excelentes! O lanche não era muito variado, mas quase sempre na hora do lanche nem estávamos com fome... Não dava tempo de sentí-la =)

Os outros 2 lugares mais frequentados... Quem será que adivinha?!?!?!?!?!!? Parquinho e Brinquedoteca. Quando não estávamos comendo, estávamos no parquinho ou na brinquedoteca... E era um tal de:

- Mamãe vem cá, quelo falá um segledo.

Eu: - O que é Beatriz?

- Eu quélo í nu parquinho

As vezes ela dizia o "segledo" para o pai dela também. Perdemos as contas de quantas vezes ouvimos essa confidência...

Já ficou combinado que nas próximas férias levaremos as avós. Na brinquedoteca até tem uma "recreadora", mas eu não tenho coragem de deixá-la "sozinha com recreadoras", então nos divertimos nas férias vendo nossa pequena se divertir. :D

O pai dela ganhou as férias: Estávamos no restaurante, ele ficou na mesa com ela e eu fui colocar a comidinha dela. De longe eu via os dois num chamego só. Quando estávamos terminhando de almoçar um senhor parou na nossa mesa e disse para ele:

- Eu gostaria de te parabenizar pelo carinho que você tem com sua filha. Eu estava na minha mesa observando e achei muito bonito o amor que você tem por ela. É muito difícil ver um pai tão jovem, tão zeloso assim. Parabéns.

O M. ficou todo vermelho, envergonhado e eu disse para o senhor que ele realmente é um excelente pai. Ainda mais agora que ela está um GRUDE com ele.

O passeio foi muito bom mesmo!!! As únicas coisas chatinhas foram a serra para chegar em Miguel Pereira, nossa! Fiquei com muito medo! E a volta pra casa... Ainda mais porque saímos de lá perto da hora do almoço e tivemos que parar no caminho para comer. Paramos na Mineira da Washington Luís e levamos uma F-A-C-A-D-A. Um almoço para 2 pessoas (a Beatriz come feito um passarinho e nem conta), mas não foi um ALMOÇO, foi um almocinho, nada de mais: R$ 67,00!!! Absurdo!!! Foi tipo quando você vai num self-service e come uma comida normal... Que raiva que fiquei, até porque eu tinha falado para o M. parar lá e ele nem queria... Muito chato. =/ Anyway... faz parte.

E agora é hora de voltar à realidade e me dedicar totalmente aos preparativos da festa.

Quanto ao Arcozelo, voltaremos com certeza!

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Meninas Sempre tão "Traidoras"

Se eu sabia que uma hora a minha pequena Duguis ia se "bandear" pro lado do pai dela? Sim, claro que sabia, afinal, as meninas são assim, mais cedo ou mais tarde, elas resolvem grudar com o pai e ai de nós que somos as mães... Mas a minha Flor-Flor está demais!!! Pôxa vida, ela está uma puxa-saco do pai dela de primeira! Humpf ! =/

Ele entrou de férias e comprou uma cadeirinha maior para colocar na bicicleta para levá-la ao colégio. Enfeitamos a cadeirinha toda com adesivos das princesas (EU tive a ideia) e agora ela só quer ir para o colégio com ele! Eu a levava todos os dias, NO COLO (sling) só 14 quilinhos e ainda carregava o trombolho da mochila mais a lancheira ("puque tem que levá as duas mãe!"). Euzinha aqui, a mamãe, carregando todo o peso. E o que ela me diz quando eu digo que vou levá-la no colo?

- Não mamãe, meu pai vai me levá de bike e você fica em casa fazendo a comida.

Ah tá...

Antes de ir para o colégio tem todo um ritual: Passar o uniforme dela, fazer a mamadeira, arrumar a lancheira, e depois que ela acorda, que eu dou a mamadeira e a arrumo, tem a melhor tarefa de todas que é: oentear o cabelo dela (ela faz uma chaaaaarme, e quando o pai está em casa é pior! o dengo triplica!). Enquanto arrumava o lanche, vi que não tinha suco, a chamei para pentear o cabelo e ela:

- Cadê meu pai?

Eu: - Seu pai vai no mercado comprar seu suco.

Ela: - Purque você não vai? Eu quélo ficar com meu pai!

Eu: - Porque eu tenho que pentear seu cabelo e ainda estou de pijama.

Ela: - Então tloca de roupa ué!

Aham, como se o pai dela fosse pentear o cabelo dela. Essa eu até pagava pra ver. Porque ele me ajuda muito, faz quase tudo, mas pentear aquele cabelão, duvido muito que conseguiria.

Hoje também teve sopinha no colégio e quando ele foi buscá-la, chegou aqui todo bobo. A professora disse pra ele que agora vai ter que ter um dia especial para o omelete do pai da Beatriz, porque a "engraçadinha" depois de comer a sopa disse para Todos:

- A sopa é muito boa, maix bom mexmo é o omelete do meu papai!

Ahhhhhhhhhhhh Traidora!!! E o arrozinho integral que a mamãe faz? E o bifinho acebolado? O macarrãozinho integral com cenoura? A abóbora com feijãozinho tão temperadinho? E todas as outras comidinhas que a mamãe faz com tanto carinho? E meu bolo de cenoura? NÃO!!! Bom mexmo é o omelete que o papai faz... Mil vezes traidora!!!

E eu não tenho vergonha na cara mesmo! Porque além de ainda achar graça dessas firulas, ainda sonho em ter outra menina. ;D

________________________________________________________________

Na 4ª feira a levamos ao cinema pela primeira vez, ela estava louca para ir. Íamos assistir "Shrek", mas só estava passando em 3D, então resolvemos assistir "Toy Story 3", quase 2 horas de filme... Até que a experiência foi muito positiva: ela assistiu ao filme, dormiu um pouquinho, eu, A MÃE, a levei para fazer pipi em 2 partes importantes do filme, ela comeu pipoca, tomou refrigerante e no fim do filme ela bateu palmas e dançou junto com o Buzz Lightyear e a Vaqueira (nessa hora meus olhos se encheram de lágrimas). Quando saímos do filme, perguntei se ela tinha gostado do cinema e ela respondeu que sim, que "agola quelo ver o Cheléqui". Perguntei de quem ela gostou mais e ela disse:

- Du cabeça de batata e da Barbie, maix não goxtei do Urso.

Eu: Por que filha?

Ela: Purque ele é malvado, jogou os blinquedos no lixo.

Orgulho! Orgulho! Orgulho da mamãe! Fiquei boba! Ela realmente tinha assistido ao filme!

E quando chegamos em casa ela ainda disse:

- I nu cinema é muito bom, né mãe?

__________________________________________________________________

Está chegando o aniversário dela e eu estou doidinha da silva! A Branca de Neve que encomendei para o topo do bolo ficou pronta... e HORRÍVEL!!! Deuses! A boneca ficou muuuuuiiito feia! Ainda bem que pedi para entregarem com muita antecedência, não fiquei com a boneca e ando pensando o que vou fazer para colocar no topo do bolo, já que ele não é decorado com papel arroz. Ainda tenho que pintar 38 porta-retratos de mdf, fazer 100 arvorezinhas de jujubas, 100 cupcakes, decorar 100 trufas... Algum voluntário?!?!?!?

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Crescendo...

Então você cria uma filha com todo amor e carinho, para ela começar a crescer e a desenvolver suas opiniões para chegar na sua cara e dizer:

- SUA CHATA!!!

Pois é... Outro dia ela queria fazer algo que eu já nem lembro e eu não queria deixar. E ela insistindo e eu negando, ela insistindo, eu negando... Até que ela abaixa a cabeça e diz baixinho:

- SUA CHATA!

Eu fiquei sem ação. Depois perguntei pra ela:

- O que você falou Beatriz?

Ela:

- Nada...

Acho que se arrependeu rápido. Eu disse pra ela:

- Pôxa filha, mamãe te ama tanto, faz tudo que você pede e você chama a mamãe de chata?

Na hora que eu ia dizer para ela pedir desculpas, ela olhou pra mim e disse:

- Desculpa mamãe.

- Mamãe não é chata, é linda.

Mas eu confesso que fiquei sentida. Ela ficava puxando assunto comigo e eu respondendo com monossílabos. Até que ela olhou pra mim e sacou a frase que nos tem feito rir ultimamente, pois ela tem dito isso muitas vezes:

- Mamãe, tô cum fome!

Eu abaixei a cabeça já com um sorriso no rosto, e ela com cara de sem vergonha:

- Que foi mãe? Não ri não mãe!

Safadinha...

Em compensação tem dito inúmeras vezes que me ama, que sou linda... Tudo isso é tão bom!!! Outro dia estávamos arrumando os dvds dela (o novo vício, assistir dvd o dia inteiro!), e ela separou os que são apenas de música, me entregou e disse:

- Mamãe dá exes po papai, purque ele goxta de excutar música no carro.

É um docinho. :D

Hoje ela cismou qe queria se vestir de palhaço, empolgada com o dvd do "Patati, Patatá", e lá fui eu vestir a fantasia de palhaço nela e pintar o rostinho. Ficou Linda of course...

* Esses dias ela estava no computador comigo e ficou apertando os botões do monitor. Eu pedi inúmeras vezes para ela não mexer, porque ela já tinha estragado o outro monitor assim. E mais uma vez ouvi bem baixinho:

- Sua chata...

E eu:

- O que Beatriz?

E ela:

- Não mãe, não tô falando com voxê, tô falando com exe putador qui é muito lento. Chato...

E ficou resmungando:

- Putador lento, chato né mãe?

Eu mereço...

**UPDATE (depois de ter feito um comentário no blog da Pri-Pri, lembrei que não tinha registrado isso. ;))

A Festa Junina do Colégio:

Esses dias teve a festa junina, e essa festa foi tão falada, tão esperada, tão ensaiada, que eu estava super ansiosa para vê-la dançar (e pensava: será que ela vai dançar?).

Bem, bem, no dia, ou melhor, na hora da festa caiu um temporal, que ficamos todos amuados, mas Papai do Céu deu uma "seguradinha" nas águas e nós corremos para o clube.

Ao chegar lá, Beatriz foi no pula-pula (é de praxe), pescou muitas prendinhas e dançou, Lindamente, na turma dela, na outra turminha mais adiantada e dançaria na outra turma, mas lembrou que estava com fome e parou para comer. Ela QUIS dançar! Eu fiquei tão, tão, tão orgulhosa... Eu filmei a 1ª dança, e sinceramente não sei como não fiquei com dor no maxilar, porque eu a via fazendo os passinhos e um sorriso gigante insistia em ficar no meu rosto :D E quando acabou a dança e eles deram "tchau", meus olhos se encheram de lágrimas, fiquei muito emocionada mesmo!

Quando a turminha dela acabou, a professora perguntou à ela:

- Bia quer dançar mais?

E ela mais que depressa:

- Quélo!

Fui na mesa avisar à avó I. que ela dançaria de novo, e numa fração de segundos: Onde está a Beatriz que deveria estar na rodinha dançando?!?!!? Ela e a professora tinham sumido! Na hora me bateu um desespero! Fui na barraquinha da turma dela perguntar para a Tia R. onde estavam a Tia A. e a Beatriz que há 1 segundo atrás estavam dançando, ela disse que estavam na rodinha dançando, mas eu tinha vindo de lá e elas não estavam! Meu coração já estava na boca, comecei a pensar que a Beatriz tinha soltado a mão da tia e que alguém tinha levado minha pequena, que ela tinha gritado, mas o som estava alto e ninguém escutou. Fiquei extremamente DESESPERADA, procurava a avó que tinha ido ver a dança e também não a encontrava. Foram uns três minutos terríveis e intermináveis, quando vejo minha pequena no colo da Tia A.... Tinha ficado com vontade de fazer pipi e a professora tinha ido levá-la ao banheiro, óbvio! Voltaram para dança, depois a Tia A. veio me dizer que tinha ido ao banheiro com ela, mas não a sentou no vaso, fez uma "cadeirinha" com os braços e ficou com ela no colo (é por isso que AMO essas tias da escola).

Coração de mãe é tudo de mais poderoso nesse mundo, caso contrário, nem estaria aqui para contar histórias. :)

terça-feira, 8 de junho de 2010

(Quase) Voltando à Programação Normal

* Beatriz está com infecção urinária (de novo!). Aparentemente está bem, já está engordando de novo. Estamos esperando o resultado da cultura para ver o que a médica vai decidir. Ontem saindo de casa atrasadas para o colégio, na hora que a peguei no colo para encaixá-la no sling, ela bateu com a cabeça na parede. Nem preciso dizer que quase morri do coração mais uma vez... Odeio ser desastrada, principalmente com ela. :( Não machucou, nem nada, mas me senti muito, muito, muito culpada...

Ela está com uma mania de falar "bunda" que ninguém merece:

Outro dia num churrasco aqui em casa, eu estava na frente dela, e ela querendo passar. Aí ela:

- Dá lixenxa, sua bunda fofa!

Ontem querendo ver desenho e o pai dela pegando alguma coisa na frente da televisão. Ela pra ele:

- Dá lixenxa, bunda gorda!

Te amo Filha Maravilhosa e Bundudinha. ;D

quarta-feira, 2 de junho de 2010

FOOOORAAAAAAAAAA BRUUUUUUUXAAAAASSSS!!!

Então, ainda bem que chegamos em Junho! Tirando o aniversário da Linda Bia da Pri-Pri e O niver do Kaluzito-to, o mês de maio foi bem difícil... Foi a 1ª prova, o cancelamento, meu estresse, ter abandonado a academia, 2ª prova, Beatriz no hospital uma vez, Beatriz no hospital 2 vezes, Beatriz no hospital 3 vezes... UFA! Chega Bruxitas, FORA! FORA! FORA!

Confesso que não gosto de falar de coisas chatas e tristes aqui, de doenças muito menos, mas há coisas que precisam ser registradas, porque no final, volto para o tema inicial que é o AMOR INFINITO que sinto pela minha pequena e a eterna gratidão a Deus por ter uma Família abençoada.

No dia da minha 2ª prova, teve o "incidente" da super febre que levou minha pequena para o hospital. Como se não bastasse, no meio da semana passada, fomos parar no hospital de novo, Beatriz se queixando de muita dor na barriga. Vê-la chorando e se contorcendo foi o Pior. O médico só pediu que observássemos, porque aparentemente não era nada grave. Era "só" dor, sem diarreia, sem febre, etc. No dia seguinte, estava melhor.

No domingo, Beatriz andou comendo umas besteiras (e eu que sou super preocupada com a alimentação dela dei esse mole. =/) e a noite começou a vomitar. Eu poderia descrever tudo nos mínimos detalhes, mas acho que nem assim, conseguiria demonstrar com palavras como foi HORRÍVEL! Ela vomitou, vomitou, vomitou, e nem água parava na barriguinha dela. E ela dizia que estava com sede, bebia um pouquinho d'água e vomitava. Meia-noite, fomos parar no Hospital, de novo! Vê-la do jeito que ela estava me deixou fraca... O médico disse que ela teria que tomar uma injeção de "Plasil" e não poderia comer nada, nem beber nada (água inclusa) por 1 hora. Quando ele disse "injeção", meus olhos encheram d'água... Ela já estava tão "sofridinha" e ainda teria que ser furada... Quando a enfermeira enfiou a agulha ela se mexeu um pouquinho, mas não chorou, não fez um sonzinho que fosse, eu disse pra ela:

- Pode chorar filha.

Ela só deu um miadinho... Não chorou. Não reclamou, nada! Só miou a minha gatinha. Eu que já estava mal também, comecei a chorar. O pai estava lá fora, quando cheguei perto dele, desabei. Chorei, chorei, chorei de soluçar! De repente, fiquei muito tonta, fui dar um passo e quase caí com ela no colo. Ele pegou a Beatriz e me colocou sentada. Senti meu peito apertado e minha cabeça rodando. Fiquei um tempo sentada, chorando, pensando na minha bebezinha tão dodóizinha nesses últimos dias... Pensei em Deus, pensei "dos males o menor", consegui me acalmar e viemos pra casa. Ela pediu água e foi muito triste não poder dar. A "sorte" é que ela estava tão cansadinha, que dormiu. às 3:30h mais ou menos, ela acordou:

- Agola eu quelo minha água!

Demos a água, ela bebeu muito! Tadinha... Deitou, 1 minuto depois, vomitou. Difícil... Ela dormiu de novo e assim que acordou, fomos para clínica, ela e eu. A médica a examinou, minha bichinha perdeu quase um quilo e meio... Parecia que tinha sido mesmo uma infecção intestinal. A notícia boa foi que o catarro tinha ido embora do pulmãozinho. Graças a Deus! Saímos de lá com pedido de exame de urina, fezes e sangue (o primeiro em 2 anos e 10 meses). Fiquei tensa!

Ontem de manhã consegui colher o pipi dela, e ela ficou toda boba porque fez pipi no potinho. :) Quando chegamos no laboratório, disse pra ela que a tia ia colocar o sanguinho dela no potinho também, mas que o sanguinho só podia ser tirado com uma injeçãozinha no braço e que se doesse ela podia chorar. Ela ficou sentadinha no meu colo, a enfermeira procurou, procurou, procurou a veia dela e nada. Eu só pensava, "que só furem meu bebê uma vez" (minha mãe disse que meu pai "dava chiliques" e queria bater nas enfermeiras quando tínhamos que tirar sangue e elas ficavam furando a gente até achar a veia). A enfermeira do laboratório era bem carinhosa. Fazia carinho no bracinho da Beatriz, mexia a mãozinha, até que um pontinho pequenininho de veia apareceu, e ela enfiou a agulha. Mais uma vez eu disse para Beatriz que ela podia chorar e dessa vez, ela deu chorinho, pequenininho... :´( Estou quase me convencendo de que minha filha é muito corajosa e que só chora mesmo pra me "agradar". ;). Tentei distraí-la, falando da cor do sangue, do potinho que estava ficando cheio, e enfim acabou. Ainda ficamos um pouquinho no laboratório, porque ela não podia mexer o bracinho e depois fomos comprar umas bobeirinhas para ver se ela ficava mais felizinha, tadinha da minha "Flor-Flor".

Ontem ela já comeu melhor e brincou também. Hoje já foi até para o colégio! E parece que os dias vão melhorar. Amanhã vamos enfeitar a casa para Copa, ela já está com as unhas pintadas de "cololê": uma verde, uma amarela, uma azul e uma branca, uma verde, uma amarela... "A do pé também, mamãe!". E assim começamos junho, com muito verde, muita esperança, muita saúde, sonhando e desejando dias beeeem melhores que esses que passaram. E sei que teremos, Deus é fiel. E graças a Ele: "dos males o menor".

Engraçado que com o passar dos anos, aprendi a diferenciar amor de paixão. Para mim, amor é leve, é doce, é tudo que há de melhor, eu achava que amor não fazia a gente sofrer (paixão eu sei que faz). O amor que o pai da Beatriz e eu sentimos um pelo outro é algo pleno. Mas nesse final de semana, percebi que as vezes o amor dói. Quando eu vi a Beatriz do jeito que ela estava, o meu coração doía, uma dor absurda, uma dor que acho que nunca senti. Não poder sentir a dor física por ela me fazia sentir a maior dor do mundo: a dor da impotência, de me sentir tão pequena... Porém percebi que ela confia em mim de verdade! Que se entrega, que "aceita"as adversidades se eu estiver por perto, que ela pode se sentir segura com a mamãe. E perceber que eu sou tão "grande" para ela, que enquanto eu puder estar e fazer por ela, não haverá dor física que "machuque" a minha filha, que meu colinho não fará diminuir, fez com que tudo parecesse pequeno diante do amor que sentimos uma pela outra. E a dor na alma que sinto quando ela sente dor, pode vir forte, a maior de todas, porque eu vou resistir! Sempre por ela!

TE AMO FILHA! MAIS DO QUE NUNCA! SEMPRE MAIS DO QUE ANTES!

quarta-feira, 26 de maio de 2010

*O Dia em que Eu "Quase" Precisei de um "Desfribilador"

* Só para esclarecer, antes de tudo, que de vez em quando gosto de metáforas. ;P

Minha pequena já anda meio gripada há um tempo. E eu já andava "estressada" há algum tempo. A tensão da prova da Caixa (e a abstinência da musculação, porque TINHA que estudar)me deixou meio esquisita.

Fiz a primeira prova dia 09/5, e tive 34 acertos de 60 (:(). A prova foi "anulada" e no domingo, dia 23/5, tive outra prova. Essas duas semanas foram de puro desespero! No sábado que antecedeu à prova, dia 22/05 (Niver do Kaluzito, 5 aninhos), resolvemos sair para tomar um chopp para ver se eu conseguia dar uma "relaxada". A Beatriz ficou com a vovó I. Não adiantou muito, eu não estava legal... Ao chegar em casa, mais ou menos meia-noite, mandei um torpedo para o Tio M. (ele dorme tarde) para saber se minha bebê estava dormindo bem. Ele ligou e disse que estava tudo ok, que eu poderia dormir despreocupada.

Às 3 e poucas da manhã, acordei sentindo falta da minha pequena ali no meio da gente, mas como estava também preocupada com a prova, tentei dormir de novo. No domingo acordamos cedo para eu ficar um pouquinho com ela antes de ir fazer a "bendita" prova (essa vida de concurseira acaba comigo). Chegando lá, Beatriz estava dormindo. Tinha passado mal a noite toda, com febre e vomitando catarro. Confesso que fiquei muito chateada pela vovó I. não ter me ligado. Tentei acordá-la, já que ia fazer prova em Realengo e teria que sair cedo de casa. Ela ficou carrapatinho no meu colo e amuadinha o tempo todo. Saí de casa com o coração apertado...

Fiz a prova, e até achei que tinha ido bem, porém tive 34 acertos de novo! Já coloquei no meu coração que essa tinha que ser minha nota. Peguei trem lotado, pasei pela Central deserta... essas coisas "boas", mas quando cheguei aqui e ela veio correndo para o meu colo com AQUELE SORRISÃO... TUDO passou!

De repente, todo mundo conversando, minha mãe fala:

- Conta pra mamãe aonde você foi passear.

E ela nada, olhou pra mim com uma carinha triste e não falou nada.

Minha mãe: - Conta pra mamãe.

E ela se enroscando no meu colo.

Minha mamãe: - Conta pra mamãe que você foi passear no Hospital.

Juro! Senti meu coração parar. Acho que minha expressão assustou a todos. Por alguns segundos não ouvia mais nada, só queria apertá-la muito e chorar todas as lágrimas que estavam presas. Chorar por tudo que tinha passado nessas duas semanas, e principalmente por não ter estado com ela no momento em que ela precisou, PRINCIPALMENTE por isso. Ficava imaginando minha bebê no hospital pensando "Por que minha mãe não está aqui?". Todo mundo falou que ela ficou bem, que foi bem tratada, que a médica era carinhosa... Eu não queria saber de nada! Queria grudar a Beatriz em mim e sumir! Eu já não era mais nada... Fiquei muito, muito mal. Quando fomos buscar as coisas dela na casa da avó para virmos para casa, eu vi a radiografia, uma mancha branca no pulmãozinho, e novamente eu queria muito um desfribilador... O M. disse que quase chorou no hospital, quando ela toda amuadinha e chorosa, teve que fazer o Raio X. Ele disse que ela ia tirar a foto mágica de novo, mas que tinha que dar um sorriso, e ela com o olhinhos cheios de lágrimas abriu um sorrisinho... Gente! Onde está o meu desfribilador?!?!?!?!!?

Compramos os remédios e os dias que seguem têm sido melhores. A Beatriz já está beeeeemmm. Está aceitando a nebulização e tomando os remédios, claro que sempre há um teatro e muita criatividade, alguns remédios são bem ruinzinhos (eu provo todos antes de dar pra ela), mas faz parte. Já me conformei com minha nota na prova, até porque a maioria das pessoas que estavam estudando como eu, também não tiveram os melhores resultados. A CESPE nesse concurso foi muito cruel, até os professores dizem que foram as provas mais difíceis no ramo bancário dos últimos tempos. Deus sabe que hora será a minha. Eu sempre repito isso, tenho isso no meu coração, mas sou humana, e na maioria das vezes não tenho a sabedoria de "confiar no Senhor e esperar".

Quanto ao meu coração de mãe, aos poucos se recupera, e enquanto escrevia esse post, percebi que meu desfribilador, não é feito de matéria-prima concreta, o que faz meu coração bater quando ele pensa que não consegue, é feito de matéria-prima abstrata, é aquele sorrisinho cheio de dentinhos tortos por causa da chupeta, e aquele abracinho de bracinhos tão pequenos, mas que me envolvem a alma e me fazem querer que meu coração bata eternamente. É por ela! TUDO por Ela.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

"Maix Eu NÃO Chei u Nomi Dele Mamãe!"

Eu: - Beatriz como é o nome daquele seu amiguinho novo do colégio?

Ela: - Não chei mamãe.

Eu: - Mas amor a mamãe queria saber o nome dele, porque daqui a pouco a mamãe vai começar a fazer os convites do seu aniversário de princesa, e tem que saber o nome do amiguinho.

Ela: - Maix eu NÃO chei u nomi dele mamãe!

Eu: - Então pergunta filha.

Ela: - Tá bom! Vô perguntá hoji nu colégiu.
Ela: - EDUADO, qual é cheu nomi?
Ela: - Aí ele vai falá: "Meu nomi é Eduadu."

terça-feira, 11 de maio de 2010

Ser MÃE

Ser mãe é ser Bipolar (esse é o meu caso). Ontem fiz um teste da "Crescer" para "saber que tipo de mãe eu sou" e descobri, marcando metade das respostas com apenas uma letra e marcando a outra metade, com apenas outra letra, que sou "Permissiva e Super-Protetora". Só posso ser bipolar! Afinal quem permite até protege, mas quem protege não permite. Ou minha filha é uma menina de sorte por ter uma mãe equilibrada, ou coitada da minha pequena, tem uma mãe superdesequilibrada! No fundo acho que isso é culpa de ter nascido aquariana com ascendente em câncer, assisto "Sex and The City" e nunca consigo concluir se afinal sou Samantha ou Charlotte.

Há poucos dias a Beatriz pegou uma gripe e foi dormir meio febril, eu, a mãe super decidida, resolvi dar um "Tylenol" e fazer nebulização com uma gotinha de um remédio e uma gotinha do outro (a pediatra já tinha autorizado fazer isso anteriomente). De madrugada, a Beatriz acordou tremendo demais, e eu nesse momento já tinha virado a mãe deseperada. Comecei a me culpar por ter colocado as porcarias dos remédios no nebulizador, mesmo ela tremendo, nem pensei em ao menos colocar um termômetro para ver se era febre... O M. conseguiu me acalmar, dei um banhozinho morno nela, "Tylenol" e deitamos. Ela vomitou, eu fiquei super-hiper-ultra-mega deseperada, o M. só não me deu um tapa na cara (tipo aqueles de novela: "'Paf!' Fica Calma!"), nem sei por quê. Ficamos observando e ela dormiu (nós não). Lá pelas 8h levantamos e fomos com ela para uma clínica lááááááááááá em Botafogo. A minha bebê estava tão amuada... Eu brincava com ela e ela, nada. Falava com ela e ela respondia com uns resmunguinhos... Péssimo! Eu já era a mãe mais triste do mundo... :( Minha mãe e irmã (e o Tio A.), que moram perto da clínica, apareceram por lá com o Alan (um boneco da minha irmã que deve ter uns 26 anos de idade) e a Beatriz ficou mais feliz! No final, era só gripe mesmo. Almoçamos, passeamos e ela brincou muito no Shopping. E eu passei a ser a mãe mais feliz do mundo de novo. :D

Hoje ela me aprontou uma... Que se eu não fosse uma mãe muito zen... Ela já estava prontinha para ir para o colégio e disse que queria fazer cocô. Sentou no penico e eu fui buscar o papel higiênico. Quando eu voltei, a sala estava T-O-D-A C-A-G-A-D-A, não só a sala, como ela, o uniforme, o penico, sinceramente, não sei como ela conseguiu fazer tamanha sujeira em menos de 5 segundos! Tentei tirar o uniforme e ela me "ajudando super" tapando o nariz com os dedinhos, lógico, a sala estava fedida!!! E muito!!! Corri com ela para o banheiro e tive que dar um super banho, detalhe que já estávamos atrasadas para o colégio. Enquanto eu dava banho nela, perguntei:

- Mas filha, como você conseguiu a proeza de sujar a sala toda em tão pouco tempo?

E ela me respondeu dançando, como se tivesse prestado muita atenção no que eu tinha perguntado:

- "U Remeletion-tion. U Remeletion" (aquela música adorável do *Rebolation).

Enquanto eu ensaboava, ela continuava dançando como se NÃO TIVESSE FEITO COCÔ PELA SALA TODA!!! Ah filha... É só porque eu te amo... É só porque EU TE AMO, que consegui, mesmo com pouquíssima paciência, achar graça da sua atitude despreocupada (é "a pureza da resposta das crianças").

Saímos de casa correndo para o colégio, quando chegou na escola a primeira coisa que ela fez foi contar para professora que tinha feito um cocozão... =/ Muito interessante... Ah sim! Voltei para casa correndo para limpar a sujeira, o cheiro estava "melhor do que antes".

* Quanto ao "Remeletion-tion", eu morria de vergonha quando ela começava a cantarolar e a dançar essa "música", mas ontem li uma entrevista com a Glória Maria e ela disse que apesar de passar alguns dias assistindo dvds de ballett com as filhas, elas também dançavam o "Rebolation". Então porque minha filha, a filha de uma "mera mortal" como eu, não pode dançar o "Rebolation-tion" também? ;)

** E quanto à minha bipolaridade, eu só tenho certeza da "unipolaridade" de um sentimento: O Amor Completa e Absolutamente Apaixonado que sinto por essa "garotinha cagona".

FILHA, TE AMOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

terça-feira, 13 de abril de 2010

Afinal Você está Velha ou Não?!?!?!?!?

Tudo começou com 0,25 graus de astigmatismo em cada olho. A minha falta de comprometimento com minha "Pequena deficiência" (sendo muito displicente quanto ao uso dos óculos), fez com que meu grau de astigmatismo aumentasse para 0,75 e ainda ganhasse como brinde 0,5 de miopia. De acordo com o oftalmologista, se eu não quiser quE os graus continuem aumentando, tenho que usar óculos todo o tempo em que estiver acordada. "Uma delícia"...

A Beatriz está estranhando super o fato de me ver de óculos o dia inteiro. E está sempre me perguntando "por que eu estou de óculos", "por que eu tirei o óculos", "por que eu almocei sem óculos", "por que eu não tirei o óculos quando fui para a academia", "onde eu deixei o óculos quando cheguei na academia", e por aí vai.

Hoje mais uma vez ela me perguntou:

- Mamãe, por que você está de óculos?

Eu: - Por que agora a mamãe tem que usar para poder ver melhor.

( * assim como o pai dela, ela presta MUITA atenção no que eu falo. =/ )
Ela: - Ah tá! Mas por que você está de óculos?

Eu: - Porque a mamãe está ficando velhinha e agora tem que usar óculos.

Ela: - Então cadê sua dentadula?

___________________________________________________________________

Só para registrar mais uma vez que eu sou a mãe mais coruja do planeta.

Anteontem a avó e eu fomos buscá-la no colégio e ela mostrou o feijãozinho que tinha plantado na escola. Eu pedi para ver na minha mão, ela deixou eu segurar por 5 segundos e disse:

- Agola mi dá mamãe, qui eu qui vô levá.

E veio toda prosa pela rua com o copinho na mão. Eu fiquei tão, tão, tão orgulhosa, pelo fato dela já ter a noção de que ELA tinha feito, e que era uma coisa importante, então ELA queria "carregar", "mostrar" para todo mundo que ELA mesma tinha plantado o feijãozinho.

Depois fomos almoçar no restaurante que vende galeto, e que também vende churrasco. Íamos comer só o galeto (porque o churrasco é bem mais caro, e ela quer ir pelo menos uma vez na semana nesse restaurante. Obs: a avó é quem paga esses mimos, e ainda diz que é com o maior prazer). Quando a garçonete chegou, a Beatriz fez o pedido:

- Moça eu vô quelê um galeto, maix você bota uma lânguicinha (linguicinha)?

Depois ficou o tempo todo cantarolando uma musiquinha que aprendeu no colégio: "Pedlo, João, Tiagu nu barquinhu! Pedlo, João, Tiagu nu barquinho! Jogá a lede (rede), maix não pegá u peixi! Jogá a lede, maix não pegá u peixi...". Passei o resto do dia com um sorriso de orelha a orelha. Ela cresce e eu me sinto a cada dia mais apaixonada pelo meu pinguinho de gente que já tem 96cm.

TE AMO! TE AMO! TE AMO MINHA AMORENGUITA!!!

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Flapo

A Beatriz ganha uma boneca e a gente pergunta:

- E aí Beatriz qual é o nome dessa boneca?

E ela: - Boneca!

A Beatriz ganha um macaquinho de pelúcia e a gente pergunta:

-E aí Beatriz qual é o nome desse macaquinho?

E ela: - Macaco!

A Beatriz ganha uma tartaruga de pelúcia e a gente pergunta:

- E aí Beatriz qual é o nome da tartaruga?

E ela: - Tartaruga!

Esses dias ela cismou que queria um peixinho (um peixinho de verdade), e a avó comprou (ah as avós... sempre fazendo as vontades...).

Quando a avó chegou aqui com o peixinho e colocou na mesinha dela dos Backyardigans, ela ficou encantada... Não parava de olhar para o peixinho. Aí nós perguntamos qual era o nome do peixinho e ela sem pestanejar disse:

- Flapo!

Eu fiquei tão, tão, tão orgulhosa. De onde ela tirou esse nome? Por quê Flapo? A gente nunca tinha ouvido esse nome por aqui. Tão preciosinha minha bebê. :)

quarta-feira, 17 de março de 2010

Ser Politicamente Correta ou Mandar Dar Porrada?

Eis que a adapatação da minha baby está quase PERFEITA. Conversamos muito e ficou combinado que como as "férias" da academia tinham terminado, eu passaria a levá-la para a escola, ia para a academia e depois ia buscá-la. Ainda não consigo deixá-la na porta, mas entro, fico uns 5 minutinhos e depois ela me leva no portão, com beijo e sem choro (Orgulho da Mamãe!).

Ontem ela estava sem a faixa no cabelo e eu perguntei se tinha sido ela que tinha tirado, ela disse que não, que tinha sido a M.L, que tinha saído quando a "amiguinha" puxou o cabelo dela.

Eu: -Peraí, a M.L puxou seu cabelo? Por quê?
Ela: - Purque eu tavu blincanu com a coluja e ela quelia, maix eu qui tavu blincanu. Aí ela puxô meu cabelo.
Eu (muito indignada): - E o que você fez filha?
Ela: - Eu falei "Ai, ai, ai M.L, não faix maix ichu!". E ela falô que não ia maix fazê i pidiu dixculpa.

Confesso que na hora me deu vontade de falar que se ela puxasse o cabelo dela, ou que se algum amiguinho batesse nela para ela fazer a mesma coisa (e duvido que esse não fosse o pensamento de qualquer mãe). Mas numa fração de segundos pensei melhor e dei os parabéns para ela por ela ter repreendido a amiguinha dizendo para ela não fazer mais.

O M. quando soube também disse que ela agiu certo, mas que se a M.L puxasse o cabelo dela de novo, para ela puxar o da M.L também. É difícil ser mãe, a gente nunca quer que nossos filhos sofram injustiças, covardias, frustrações e afins, mas infelizmente a vida não é assim. Ao longo da caminhada da minha pequena sei que vai ser assim, e a escola serve também para isso, para aprender a conviver com as diferenças, a aprender a se "defender", a mostrar e a desenvolver a personalidade.

Sei que cada um educa seu filho da forma que acha correto, mas tenho reparado que algumas crianças são bem agressivas: querem o brinquedo do outro amiguinho, tomam da mão, batem, implicam, chamam de "feio", de "chato"... É óbvio que além de repetirem comportamentos, tem a personalidade de cada uma. Agora se seu filho toma o brinquedo da mão de um amiguinho e o máximo que você faz é falar sem vontade nenhuma para ele pedir desculpas (coisa que nem sempre ele faz e ainda continua com o brinquedo), ele sempre vai achar que o mundo gira em torno do umbigo dele e que tudo tem que ser do jeito que ele quer.

Não quero nunca parecer prepotente, mas por que a Beatriz não revidou? Por que ela não puxou o cabelo da amiguinha, ou a agrediu de qualquer outra forma? Porque ela sabe que não se deve fazer isso. Mas que no fundo me deu uma vontade de "autorizá-la" a fazer, isso deu!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Aqui A Gente Não Gosta de Sentir Saudade

Todas as noites ela fica um grude com o pai dela: quer ficar com ele enquanto ele malha, quer brincar no quintal com ele, quer tomar banho com ele e o chama para deitar com ela para descansar. Até aí tudo Lindo e Perfeito, mas o pai sai para trabalhar de manhã e quando chega, parece aquele filme com a Drew Barrimore em que ela tem perda de memória recente e o Adam Sendler tem que (re)conquistá-la todos os dias. Ele sai, ela está dormindo. Ele chega e ela fica super de mau humor com ele (COITADO!). Ele pede um beijo, ela não dá, pede um abraço, ela o empurra, faz bico pra ele e só fala com ele igual a uma bebezinha ("nê, nê, nê..."), ele pergunta como foi no colégio e ela não responde. Ele ficava super triste, com razão né?

Eu já tinha falado para ele que eu achava que era por causa da saudade. Ele, já achava que ela gostava de todo mundo, menos dele. Eu dizia para ele que era óbvio que ela gostava dele, senão não ficaria grudada com ele todas as noites. Até que anteontem ele teve a prova. Depois de reconquistá-la pela milésima vez, ela o chamou para deitar porque queria contar uma história para ele. Pegou o livro e contou, era mais ou menos assim:

- Ela uma veix uma plincêsa que o papai ia tabaiá todo dia e nem blincava cum ela. Aí a plincêsa falô cum o papai dela: papai vai tabaiá rapidinhu e não demola, purque eu fico cum muita xaudade.

Enfim o pai entendeu. :)

* Eu tinha dito que tinha ido tudo bem na adaptação? Tinha? Tinha mesmo? Pois não devia ter dito isso, desde o dia que escrevi, ela não me deixa mais vir embora. Tenho que ficar lá de 8h às 11:30h insistindo par ela participar das atividades. Se eu disser que vou embora, ela começa a chorar e diz que quer vir embora também. Como ainda não estou trabalhando, ficarei lá o tempo que for preciso, mas que é cansativo e que faz um CALOR no pátio do colégio, isso não posso negar. =/

** Update: E o Pai Ainda Diz que Ela não Gosta Dele:

Hoje foi a reunião do colégio (tinha sido adiada), o pai vestiu uma camiseta, uma bermuda e chinelo. Eu coloquei uma camiseta, uma calça jeans, um colarzinho e uma sapatilha. Ela olhou para o pai e cantou:

- ♪Papai tá bunito! Papai tá bunito!♪

Quando eu saí do quarto ela olhou pra mim e disse:

- Voxê vai axim mexmo? (Você vai assim mesmo?)

Eu já com cara de triste:

- Vou ué...

Ela: - Tá bunita com exi cabelo feio.

Ainda sentou no colo do M. e disse:

- Huuuuuum Papai tá cêloso (cheiroso).

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Minha Estudante

Ai, ai, ai que eu ando uma mãe blogueira desnaturada... Minha pequena se tornou uma estudante dia 08/02/2010 e eu nem para vir aqui registrar (mas tá lá no Twitter e no Orkut, ao menos isso, né?).

No 1º dia eu fiquei lá com ela, e achei que ela ficou bem. Brincou, brincou, brincou, amou os escorregas que tem lá e de vez em quando olhava para mim. Só vi que vamos ter problemas com o professor de música. A Beatriz tem muito medo de homens, até dos nossos amigos. Ela só fala com quem ela conhece muito (as vezes estranha até o avô). Eu conversei com a professora, porque assim que o professor chegou, ela subiu no meu colo correndo, choramingando que queria ir embora. A situação é complicada, porque eu sinceramente não sei como agir. Tento aproximá-la aos poucos, falar bem da pessoa, mas não adianta, ela sempre fica com medo. Amanhã vai ter a 1ª reunião des pais (ai que emoção!) e não posso esquecer de tocar nesse assunto de novo, porque eu quero muito que ela participe das atividades, mas também não quero forçá-la e atrapalhar todo o processo de adaptação que já está bem legal.

No 2º dia fiquei um pouquinho e disse que ia à academia, se ela queria ficar lá com os amiguinhos, ela respondeu que sim, dei um beijo nela e fui. A professora disse que ela ficou bem, que só resmungou quando teve que ir para o "baile de carnaval" na escolinha dos maiores que fica em frente. Muito barulho, muitas crianças e ela pediu para voltar para escolinha dela. Cheguei na hora em que ela estava desfilando, ela não me viu, mesmo tímida passou pela passarela com sua fantasia de ciganinha (estava LINDA!). No 3º dia, a mesma coisa, ficou bem também, mas resmungou na hora de ir para a outra escolinha, foi a vez do bloco de carnaval.

Esqueci de dizer que já no 1º dia já fiquei toda orgulhosa dela. A professora chamou os pequenos para entrarem na sala para ouvir uma historinha, porque se dependesse deles, eles ficavam no parquinho a manhã toda. :) Eu fiquei do lado de fora, de repente escuto a professora:

- Muito bem Bia!

Fiquei toda boba por saber que ela estava participando. Depois a professora veio falar comigo que ela é bem "despachada", que na hora que ela distribuiu as massinhas, a Beatriz disse que "não quelia a amalela, que quelia a lilás". Só acho que a Beatriz ainda é muito "boazinha" (bobinha), uma menina deu um empurrão nela e ela não soube revidar, ficou olhando com uma carinha do tipo: "Por que você está fazendo isso comigo?". E sempre que ela ia no escorrega e alguma criança entrava na fila, ela descia a escada para a outra criança escorregar e só então ela subia de novo no escorrega. Sei que na maioria dos casos, a criança tende a repetir o comportamento dos pais e nós na verdade somos bem assim mesmo (as vezes tão "bonzinhos", que nos tornamos "bobinhos"). O M. e eu quase nunca discutimos e quando acontece, evitamos que seja na presença dela. Bater, nem no Kaluzito, e já ensinamos isso à ela. Mas eu queria que ela se defendesse, não quero que ela seja agressiva, mas eu detestei ver a menina dando um empurrão nela e ela ter ficado com aquela carinha de não ter entendido aquilo.

Depois de loooongos dias de carnaval, hoje foi a volta às aulas. A professora disse que ela ficou bem e perguntou por mim uma vez, e que logo foi contornado. Ela perguntou por mim e a professora:

- Mas cadê sua mãe Bia (já virou Bia)? Ela foi trabalhar?

Ela: - Não tia minha mãe foi pá academia, ué!

A Tia disse que o clima só ficou "tenso" quando o professor de música chegou. Ela choramingou, perguntou por mim, mas logo cheguei. Amanhã será o dia do banho de mangueira e à noite, teremos reunião. Aguardando as cenas do próximo capítulo. :)