Então, ainda bem que chegamos em Junho! Tirando o aniversário da Linda Bia da Pri-Pri e O niver do Kaluzito-to, o mês de maio foi bem difícil... Foi a 1ª prova, o cancelamento, meu estresse, ter abandonado a academia, 2ª prova, Beatriz no hospital uma vez, Beatriz no hospital 2 vezes, Beatriz no hospital 3 vezes... UFA! Chega Bruxitas, FORA! FORA! FORA!
Confesso que não gosto de falar de coisas chatas e tristes aqui, de doenças muito menos, mas há coisas que precisam ser registradas, porque no final, volto para o tema inicial que é o AMOR INFINITO que sinto pela minha pequena e a eterna gratidão a Deus por ter uma Família abençoada.
No dia da minha 2ª prova, teve o "incidente" da super febre que levou minha pequena para o hospital. Como se não bastasse, no meio da semana passada, fomos parar no hospital de novo, Beatriz se queixando de muita dor na barriga. Vê-la chorando e se contorcendo foi o Pior. O médico só pediu que observássemos, porque aparentemente não era nada grave. Era "só" dor, sem diarreia, sem febre, etc. No dia seguinte, estava melhor.
No domingo, Beatriz andou comendo umas besteiras (e eu que sou super preocupada com a alimentação dela dei esse mole. =/) e a noite começou a vomitar. Eu poderia descrever tudo nos mínimos detalhes, mas acho que nem assim, conseguiria demonstrar com palavras como foi HORRÍVEL! Ela vomitou, vomitou, vomitou, e nem água parava na barriguinha dela. E ela dizia que estava com sede, bebia um pouquinho d'água e vomitava. Meia-noite, fomos parar no Hospital, de novo! Vê-la do jeito que ela estava me deixou fraca... O médico disse que ela teria que tomar uma injeção de "Plasil" e não poderia comer nada, nem beber nada (água inclusa) por 1 hora. Quando ele disse "injeção", meus olhos encheram d'água... Ela já estava tão "sofridinha" e ainda teria que ser furada... Quando a enfermeira enfiou a agulha ela se mexeu um pouquinho, mas não chorou, não fez um sonzinho que fosse, eu disse pra ela:
- Pode chorar filha.
Ela só deu um miadinho... Não chorou. Não reclamou, nada! Só miou a minha gatinha. Eu que já estava mal também, comecei a chorar. O pai estava lá fora, quando cheguei perto dele, desabei. Chorei, chorei, chorei de soluçar! De repente, fiquei muito tonta, fui dar um passo e quase caí com ela no colo. Ele pegou a Beatriz e me colocou sentada. Senti meu peito apertado e minha cabeça rodando. Fiquei um tempo sentada, chorando, pensando na minha bebezinha tão dodóizinha nesses últimos dias... Pensei em Deus, pensei "dos males o menor", consegui me acalmar e viemos pra casa. Ela pediu água e foi muito triste não poder dar. A "sorte" é que ela estava tão cansadinha, que dormiu. às 3:30h mais ou menos, ela acordou:
- Agola eu quelo minha água!
Demos a água, ela bebeu muito! Tadinha... Deitou, 1 minuto depois, vomitou. Difícil... Ela dormiu de novo e assim que acordou, fomos para clínica, ela e eu. A médica a examinou, minha bichinha perdeu quase um quilo e meio... Parecia que tinha sido mesmo uma infecção intestinal. A notícia boa foi que o catarro tinha ido embora do pulmãozinho. Graças a Deus! Saímos de lá com pedido de exame de urina, fezes e sangue (o primeiro em 2 anos e 10 meses). Fiquei tensa!
Ontem de manhã consegui colher o pipi dela, e ela ficou toda boba porque fez pipi no potinho. :) Quando chegamos no laboratório, disse pra ela que a tia ia colocar o sanguinho dela no potinho também, mas que o sanguinho só podia ser tirado com uma injeçãozinha no braço e que se doesse ela podia chorar. Ela ficou sentadinha no meu colo, a enfermeira procurou, procurou, procurou a veia dela e nada. Eu só pensava, "que só furem meu bebê uma vez" (minha mãe disse que meu pai "dava chiliques" e queria bater nas enfermeiras quando tínhamos que tirar sangue e elas ficavam furando a gente até achar a veia). A enfermeira do laboratório era bem carinhosa. Fazia carinho no bracinho da Beatriz, mexia a mãozinha, até que um pontinho pequenininho de veia apareceu, e ela enfiou a agulha. Mais uma vez eu disse para Beatriz que ela podia chorar e dessa vez, ela deu chorinho, pequenininho... :´( Estou quase me convencendo de que minha filha é muito corajosa e que só chora mesmo pra me "agradar". ;). Tentei distraí-la, falando da cor do sangue, do potinho que estava ficando cheio, e enfim acabou. Ainda ficamos um pouquinho no laboratório, porque ela não podia mexer o bracinho e depois fomos comprar umas bobeirinhas para ver se ela ficava mais felizinha, tadinha da minha "Flor-Flor".
Ontem ela já comeu melhor e brincou também. Hoje já foi até para o colégio! E parece que os dias vão melhorar. Amanhã vamos enfeitar a casa para Copa, ela já está com as unhas pintadas de "cololê": uma verde, uma amarela, uma azul e uma branca, uma verde, uma amarela... "A do pé também, mamãe!". E assim começamos junho, com muito verde, muita esperança, muita saúde, sonhando e desejando dias beeeem melhores que esses que passaram. E sei que teremos, Deus é fiel. E graças a Ele: "dos males o menor".
Engraçado que com o passar dos anos, aprendi a diferenciar amor de paixão. Para mim, amor é leve, é doce, é tudo que há de melhor, eu achava que amor não fazia a gente sofrer (paixão eu sei que faz). O amor que o pai da Beatriz e eu sentimos um pelo outro é algo pleno. Mas nesse final de semana, percebi que as vezes o amor dói. Quando eu vi a Beatriz do jeito que ela estava, o meu coração doía, uma dor absurda, uma dor que acho que nunca senti. Não poder sentir a dor física por ela me fazia sentir a maior dor do mundo: a dor da impotência, de me sentir tão pequena... Porém percebi que ela confia em mim de verdade! Que se entrega, que "aceita"as adversidades se eu estiver por perto, que ela pode se sentir segura com a mamãe. E perceber que eu sou tão "grande" para ela, que enquanto eu puder estar e fazer por ela, não haverá dor física que "machuque" a minha filha, que meu colinho não fará diminuir, fez com que tudo parecesse pequeno diante do amor que sentimos uma pela outra. E a dor na alma que sinto quando ela sente dor, pode vir forte, a maior de todas, porque eu vou resistir! Sempre por ela!
TE AMO FILHA! MAIS DO QUE NUNCA! SEMPRE MAIS DO QUE ANTES!
2 comentários:
Amiga querida,
Como consigo entender cada palavra que tu escreveste e sentir no meu peito toda a agonia que passaste.
A gente faz tudo por nossas pequenas, o amor que já é imenso cresce a cada dia, mas nos depararmos com uma doença, com a dor e não podermos tirá-la com as nossas mãos dói, dói demais.
Para elas somos tudo e elas nos olham com aquele olhar de que podemos resolver o problema, e isso nos faz sentir mesmo a dor da impotência.
Ainda bem que Deus nos dá sempre forças.
Ainda bem que Ele nos dá sabedoria.
E ainda bem que temos tanto AMOR, pois é através dele que conseguimos vencer as adversidades.
Ainda bem que Beatriz está bem agora. Ô dó da pimentinha!
Dá um beijo nessa lindona que deve estar arrasando com as unhas pró-copas!
Logo chega o níver e aí sim teremos muita festa e um baita motivo para comemorar!
Beijão pra vocês,
Pri e Bia:)
Beth, querida, primeiro obrigada pelo carinho de sempre lá no blog.
E que post mais lindo e tão cheio de amor!
Sem palavras para comentar sobre o que senti lendo esse post. Me emocionei de verdade!!!
Que a flor-flor esteja 100%
Beijos***
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