sábado, 19 de março de 2011

O Problema da 6a Feira

Cara as sextas-feiras não têm sido muito legais pra nós. Por algum motivo interestelar a Beatriz tem se machucado e ficado doente nesse dia. :( Já foram três! Atenção astros do universo, já chega por esse ano. Ok?

Primeiro foi o banho de mangueira na escola. Febre, nariz escorrendo, tosse... Dia 18/02 estávamos na pediatra...

A sexta passada foi a PIOR!!! Escutei Beatriz correndo e gritando com as amiguinhas e comentei com minha irmã, como se já soubesse o que estava por vir (afinal Beatriz está para corrida, assim como Ronaldinho Gaúcho está para beleza):

- Beatriz correndo...

Sem mentira, quando acabei de falar a casa encheu de crianças gritando:

- Beatriz caiu! Beatriz caiu!

Saí correndo e vi minha bichinha lá caída no chão, chorando absurdamente :(((((( Quando a peguei no colo e coloquei a mão na cabecinha dela, um galo gigantesco bem na curvinha da cabeça, ela caiu de costas. Um desespero, ela não parava de chorar. Foi horrível!!! Como nesta cidade superdesenvolvida não tem um hospital público decente, nem uma clínica particular que tenha emergência, fomos parar lá na AMIU em Botafogo. Uma horinha de carro. :/ Fomos super bem atendidos. A pediatra disse que ela estava bem: não tinha desmaiado nem vomitado, e o sono que ela estava era normal, já que ela não tinha dormido à tarde. Que não havia necessidade de fazer tomografia, pois a exposição à radiação era equivalente a 400 radiografias! Pediu que colocássemos gelo sempre que a Beatriz "deixasse" e passou um remédio pra dor, caso ela reclamasse. Disse que tínhamos que observar e que se ela ficasse muito sonolenta, desmaiasse ou vomitasse, deviamos voltar imediatamente para o hospital! Saí da clínica um pouco aliviada, mas quando coloquei os pés na rua, parecia que eu estava em outra "realidade" (talvez em Matrix), não sentia o chão, só via um" branco", com certeza minha pressão estava mais baixa que o normal que é 10/6, e parecia que eu é que desmaiaria. Chorei, chorei, chorei!!! Fiquei sem forças! Viemos embora e Graças a Deus Beatriz esteve bem durante toda a semana:dançando, cantando, rebolando... =)

Ontem, que dia mesmo hein? Ah tá, sexta-cocô-feira! Como o habitual, Beatriz saiu da escola e foi para casa da Vovó I. (todas as 6as ela vai pra lá). Estava com meu almoço no prato e a avó dela liga dizendo que ela estava com febre. De repente escuto Beatriz chorando, gritando!!! Pedi pra falar com ela, e ela chorando, falou pra eu ir pra lá. Quando cheguei, ela já estava mais calma. Estava gritando quando liguei, porque tinha tido um pesadelo... A tarde e a noite: febre, febre, febre, febre, febre!!! Como não tinha outro sintoma que pudéssemos perceber "a olho nú" até porque não somos médicos, procuramos um hospital público mais perto daqui, em Parada Modelo. Já tinha medicado a Beatriz, porque eu não deixaria minha filha ter convulsões, ela já estava com 38,8 de febre! Quando chegamos no Hospital, me surpreendi: limpinho, fomos super bem atendidas na recepção, Beatriz até ganhou uma carteirinha! Ok! Muito bom pra ser verdade... A pediatra chamou rápido, mas estava num mau humor! Fez cara feia quando eu disse que já tinha dado Paracetamol, porque ela prefere que a criança chegue lá sem ter sido medicada em casa, que aí ela receita uma injeção de Dipirona e a febre passa mais rápido (Quê??? Já existe curso de medicina por correspondência e dar Dipirona injetável é "O Procedimento" para febres que não sejam acompanhadas de outros sintomas? Eu não tinha ido lá para ela fazer a febre da minha filha passar eu fui lá para saber por que ela estava com febre! E uma outra médica já tinha feito a mesma coisa com meu afilhado de 4 meses que chegou lá com dor. Tentou dar luftal na colherinha e ele vomitou. Como ele estava com DOR, que pelo exame que ela NÃO fez, achou que ele estava com cólicas. Medicação? Dipirona injetável. A dor passou, ok! Mas quando a mãe dele o levou à outra pediatra no dia seguinte, um simples toque atrás da orelha e uma olhadinha com aquele aparelinho mostrou que ele estava com o ouvidinho inflamado. Pra que examinar a cabecinha toda,né? Pra eles lá foi assim: É bebê? Tá chorando? É cólica! Toma Luftal que passa! Ah ele vomitou? Dá Dipirona injetável! Meu Deus!!! Que milionário deve estar o criador do Dipirona Injetável, CURA TUDO!!!). A (?)Pediatra(?) disse que não havia como dar diagnóstico, porque ainda não tinha 24h. ALLLOOOOWWWW!!! Acho que ela não dever ser mãe! Vou esperar minha pequena ficar com febre 24h pra procurar um médico e ainda por cima s
em medicá-la?????? Até parece!!! Auscutou Beatriz em pé e ia ver a garganta dela em pé também, mas como Beatriz estava descalça, pisando no meu chinelo (saímos de casa com pressa e ela estava no colo, acabou indo sem calçado), a pediatra com a maior cara de cú do mundo grunhiu, ou melhor, mugiu, para eu colocá-la na maca. Não examinou o ouvido, não fez aquele teste de encostar o queixo na nuca, só enfiou aquele palitinho na boca da Beatriz, com tanto amor, que quase a fez vomitar! Eu já estava muito PUTA da vida! No fim, disse que a garganta dela estava um pouco vermelha, mas não receitou nada, e ainda disse que eu não deveria dar antiinflamatório pra ela (afinal quem é a médica mesmo, hein? É claro que eu não daria uma porra de um antiinflamatório qualquer para Beatriz, só porque a puta bruxa da pediatra não tinha "coragem" para dar um diagnóstico de garganta inflamada e ter o mínimo de compromentimento de receitar algo. Óbvio que no dia seguinte procuraria um médico de verdade!). Só disse que eu teria que dar um banho frio na Beatriz lá no Hospital e que ela só poderia ir embora quando a febre baixasse. Ela pediu para enfermeira me indicar onde eu deveria dar o banho. A enfermeira perguntou se eu tinha uma toalha. Mas por que cargas d'água eu deveria ter uma porra de uma toalha? Eu saí de casa para ir para o Hospital, não pra praia! Eu disse que não tinha e ela me deu um lençolzinho do Hospital para eu secar a Beatriz. Ahan Cláudia, senta lá, que eu vou usar esse paninho nela (quase pensei isso alto). Entrei na salinha pra disfarçar e saí "fugida" do Hospital. Banho eu dou em casa, e a febre já estava baixando também (afinal ela já tinha sido medicada pra febre. Eu tinha ido lá para tentar descobrir POR QUE MINHA FILHA ESTAVA COM FEBRE!). Viemos embora, Beatriz ainda deu febre de noite e agora de manhã. Hoje cedo fomos a um pediatra querido que atende aos sábados. Realmente a vaca da (pseudo) pediatra tinha razão, a garganta dela está meio inflamada, nada grave. O médico receitou um antiinflamatório (procedimento padrão quando uma garganta está inflamada, né? Ah, não! Esqueci que o que cura garganta inflamada é banho frio!). E hoje, Beatriz está melhor, ainda está dando febre, mas faz parte do "processo", né?

Cara, uma coisa que eu fico PUTA é com gente que não se compromete com a profissão! Depois que a Beatriz nasceu, quando a licença maternidade terminou, eu voltei a trabalhar. Mas teve um momento em que percebi que não estava conseguindo trabalhar direito, nem ser mãe direito, decidi sair do trabalho e hoje a minha Profissão é "MÃE", e modéstia a parte, me considero uma excelente mãe! Erro e acerto, como todo mundo, mas AMO o que faço, que é cuidar da minha filha. MINHA escolha! No meu caso foi assim, mas conheço mulheres que são excelentes mães e profissionais ao mesmo tempo, pra mim não deu, sinto falta do trabalho, das planilhas, das amigas, mas sou feliz assim! Acho que pra ser pediatra a condição sine qua non (principalmente a de dignidade) deveria ser gostar de atender crianças e entender o coração de mãe. Ter paciência, se preocupar de verdade com a vida que foi posta em suas mãos. Tá revoltadinha por que ganha pouco? Ou por que está há tantas horas de plantão? Ouça o sábio conselho do Capitão Nascimento do Tropa de Elite: PEDE PRA SAIR PORRA! Não maltrate as pessoas, não deboche, não seja grosso. Estar ali foi SUA escolha! A pessoa já está com o filho doente, e só uma mãe sabe quanto dói o coração ver seu bebê com dor e não poder fazer muita coisa. Pra lidar com a saúde alheia acho que o profissional deveria pelo menos ter um bom coração. Ainda estou com raiva, mas no fim, a gente tem que orar mesmo por gente tão infeliz com a vida. Minha filha está bem, com saúde e só isso basta pra encher meu coração de paz e alegria.

E astros cabalisticos das sextas-feiras, por favor liberem nossos anjos da guarda por enquanto. Porque se eu tiver que lidar com outro "ser sem luz e sem amor" como essa pediatra do Halloween, não sei se vou ter tanta paz de espírito pra não mandá-la tomar no cú antes de mais nada.