quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Amamentação: Tudo Bem, Quando Termina Bem

Desde que comecei a pensar em ter um bebê, comecei a pensar em amamentar. Quando engravidei, amamentar virou um desejo, uma certeza. Depois que a Beatriz nasceu, eu vi que amamentar não era fácil (para nós não foi) como todos dizem por aí, que "só não amamenta quem não quer". Infelizmente não é assim... Tivemos muitos problemas, ela não sabia mamar, quando conseguia pegar no peito logo dormia. Teve icterícia grave, voltou para o hospital com 4 dias de vida, eu tirava leite manualmente para deixar pra ela quando vinha pra casa. Ela só aprendeu a mamar com 1 mês (enquanto isso tomava mamadeira, e tomou até os 3 meses). Só Deus sabe o quanto pedi, implorei a Ele para ter leite, para ela aprender a mamar, para eu ter forças para lutar... Liguei para grupos de apoio à amamentação, chorei sozinha por achar que não era capaz (apesar da Beatriz já saber mamar).

Com 3 meses, tive coragem de tirar a mamadeira, e ela passou a mamar só no peito. Como eu me sentia feliz!!! Mas durou pouco, antes dela completar 4 meses, tive que voltar ao trabalho, e o medo reapareceu. Tinha que tirar leite 4 vezes por dia, porque a pediatra dela dizia que se eu não conseguisse tirar muito leite, logo ele secaria... Tive um probleminha de saúde, tomei um remédio que fez meu leite diminuir consideravelmente, e à noite, voltava a chorar sozinha e pedir a Deus que tivesse forças para não desistir. Não foi fácil!

Saí do trabalho e vivi os momentos mais perfeitos da amamentação. A Beatriz mamava a hora que queria e eu me sentia plena, grata a Deus por poder alimentar a minha filha e ainda por cima dar uma dose extra de amor que só eu poderia dar (é, as vezes as mães são tão egoístas...).

Há um tempinho venho percebendo que ela já não tinha mais tanta gana por mamar, mais especificamente no peito, porque para ela não fazia diferença, mamadeira ou peito. E eu também comecei a ter mais vontade de "cuidar de mim", de fazer coisas que amamentando não podia. Fazer relaxamento no cabelo, tomar um chop de vez em quando... Mas era difícil parar com a amamentação, me sentia ingrata...

Nesse último feriado de Reveillón viajamos e eu aproveitei para observar se ela sentiria falta de mamar no peito. E ela não sentiu. Brincou tanto, aproveitou tanto e adorava quando eu perguntava: "Quem quer dedeira?". E foi assim que o desmame aconteceu, sem tragédias pra ela, sem tragédias pra mim... Quase naturalmente... Anteontem ela me viu sem blusa e pediu: "Mamá pêto!". Eu dei, ela mamou 3 segundos, olhou pra minha cara, fez uma careta e disse: "Úim" (ruim). Eu provei, e era verdade. O pouco leite que tinha restado estava meio amargo, meio salgado... Realmente, não dá mais.

E assim nos despedimos dessa fase para iniciarmos muitas outras. Agradeço imensamente a Deus por ter estado sempre comigo, não me deixando desistir e ao meu querido M. que me deu muita forca mesmo, sempre com carinho, com palavrinhas bonitas de apoio... Não me arrependo de todo "esforço" que fiz e das lágrimas (muitas) que derramei. Posso contar nos dedos as vezes que a Beatriz ficou doente, e Graças a Deus nunca teve nada grave. E os momentos de amamentação que tivemos juntas, só nós duas, foram mais que preciosos.

domingo, 4 de janeiro de 2009

As Mães (Não) São Solitárias

* Este post foi inspirado nos 4 dias que passamos fora de casa com um grupo um tanto quanto grande de pessoas em que só eu era mãe de uma bebê.


As mães sao solitarias
Seria leviano dizer que
O grupo nao tem muito mais "interação divertida" que uma mãe com seu bebê

O almoço e o jantar do grupo, que é sempre fresquinho, feito na hora
É muito mais gostoso, alimenta e nutre muito mais o corpo e a alma do que
A comida da mãe, que é sempre requentada, ou aquele restinho que o bebê não quis porque já estava satisfeito

As fotos tiradas pelo grupo (que nunca "lembra" de chamar ou esperar pela mãe)
Mostram muito mais felicidade que
As fotos tiradas pela mãe, que são sempre meio tortas ou desfocadas: segura o bebê com uma mão e com a outra esticada com a máquina apontada para o rosto aperta o botão.

A maquiagem das meninas do grupo, que levam uma hora no "embelezamento"
Fica muito mais linda do que
A maquiagem da mãe, que é quase "ao natural": rimelzinho, gloss e uma sombrinha básica. Mas o bebê é o mais fofo e "fashion" da festa.

O grupo que deita e dorme no final da festa, depois de muito beber e dançar
Tem o sono, que quando vem de verdade, é muito mais sereno do que
A mãe que sempre é a última a dormir e a 1ª a acordar, porque só dorme depois de muito apreciar o sono do seu bem mais precioso.

Depois de ler esse relato
Você vai ter coragem de negar essa máxima?
As mães são solitárias.

* Esse post parece comigo? Não, né? Então que tal relê-lo de baixo para cima? :)

* Vontade cheinha de "pretensão" de que parecesse um pouquinho com isso... ;=)