sexta-feira, 17 de abril de 2009

O que Fazer nessas Horas?

Hoje a avó I. levou a Beatriz para o passeio matinal de sempre. Quando voltou tinha uma dela para contar que nos deixou sem graça, mesmo sem ter estado com ela lá no momento "X".

A avó a levou para "passear" numa lojinha daqui, em que todos já a conhecem. A Beatriz calça todos os sapatos, prova roupa, senta nas motinhas à bateria, apronta todas e as vendedoras adoram, porque no final, a avó sempre compra uma coisinha. Hoje elas estavam provando chinelinhos, quando chegou um casal perto delas, de repente a Beatriz olha para a avó e diz:

- Vovó, a moça feix um pum!

A avó falou que realmente, pelo cheiro, alguém tinha soltado um pum, as vendedoras "morreram de rir", mas a avó falou que ficou super sem graça. E a Beatriz ainda repetiu, no mínimo ela achou que a avó não tinha respondido que sim nem que não porque não tinha ouvido da primeira vez.

Quando cheguei da academia, ela estava acabando de acordar. Olhou para mim e disse:

- Mamãe, tira mim du becinho.

Eu a peguei no colo, e ela após uma súbita lembrança do acontecimento desagradável ocorrido na manhã, disse bem séria:

- Mamãe, a moça feix cocô ú (no) aím (nome da loja). Não, feix cocô não, feix pum.

terça-feira, 14 de abril de 2009

"Amor que não se Pede, Amor que não se Mede"

Aqui em casa, na maior parte do tempo é assim:

- Quélo papá (comer) a mamãe.
- Quélo tocá falda a mamãe.
- Quélo dúmi a mamãe.
- Quélo tomá banho a mamãe.
- Quélo colinho a mamãe.
- Quélo bicoito. Mamãe péga.
- Quélo dedeila. Mamãe faix.
- Quélo essa rôpa não. Mamãe péga ôta.
- Quélo tilá camisa. Mamãe tíla.

* "a" , quer dizer "com"

99% das coisas dela, para ela, se eu estiver por perto, só eu posso fazer. Nesse fim de semana ela estava sentada no meu colo, eu estava com os braços em volta dela. Estava ventando e meus cabelos lisos voado e caindo nos olhos (:)). Tirei o braço pra prender o cabelo, ela puxou minha mão para cotinuar a abraçando. Depois ela colocou as mãos na minha perna, ficou apertando e disse: "Tô segulando a mamãe."

Estávamos voltando da pracinha, eu de salto com ela no colo. Ela pesaaaaada... pedi para o M. levá-la um pouquinho, ela ouviu, se agarrou no meu pescoço, igual a um bichinho preguiça e disse "Não! Quélo colinho a mamãe." As vezes eu a pego olhando para mim, com um olhar indescritível...

Eu sou uma mãe extremamente feliz e grata a Deus por ter me dado esse presentinho tão especial que é a Beatriz. Mas confesso que as vezes tenho medo, a confiança que ela deposita em mim, só em mim, é algo que me faz pensar muito, e faz lutar mais e mais a cada dia para me tornar uma pessoa melhor, para que esse olhar que ela me dá, nunca se perca.

Filha, Eu Te Amo Muito, Muito, Muito, Muito. Mais ainda do que sente seu coraçãozinho. Obrigada por ter me escolhido. :)