De vez em quando ela tem me chamado de : "Mamãe Betinha" :)
- Manias:
Ela está com mania de correr! Outro dia fomos ao Shopping e ela além de não querer dar a mão para ninguém, ainda queria ficar correndo o tempo todo.
* Ela correndo, reparem nos braços, sempre dobrados para dar maior impulsão. ;)
- Educada:
Quando oferecemos algo para ela e ela quer, aceita e diz: "Bigada"
Quando oferecemos algo para ela e ela não quer, ela diz: "Não, bigada". E como a reação das pessoas é sempre: "Ah, que bonitinha...", "Ah, que educada", ela fica repetindo: "Não, bigada", "Não, bigada", "Não, bigada". Só para ficar ouvindo elogios. :)
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Ontem acabou a luz aqui no bairro e tive que ligar para a empresa para solicitar o reparo. Ela, que tem medo quando fica escuro, quis pegar o telefone para "falar com o moço", pedi para ela esperar e quando desliguei, dei o telefone para ela falar. Ela para o moço:
- Alô, moço! Tu bem moço? Consertá a luz favô! Bêjo (e mandou um beijo estalado).
(Alô moço! Tudo bem moço? Consertar a luz por favor! Um beijo)
Nós nunca quisemos que a Beatriz fosse uma menina egoísta, então sempre a ensinamos a emprestar os brinquedos, a oferecer algo que esteja comendo (biscoito, por exemplo) e ela tem sido uma menina muito boazinha. As vezes a gente está brincando com algum brinquedo e se ela quer o que está com a gente, ela o pega da nossa mão, mas oferece outro. E a gente sempre aceita, mas esses dias fiquei pensando se não estava agindo errado, se ao invés de aceitar a troca, não deveria "fazer força" para ficar com o brinquedo para ela aprender a "lutar" por ele. Explico: Esses dias fomos à casa de uma prima dela, que tem mais ou menos a idade dela, e algumas vezes que a Beatriz pegava um brinquedo, a menina ía e tomava da mão dela, e a Beatriz ficava a ver navios. Eu sei que é coisa de criança, mas fiquei meio pensativa, meio chateada, porque fiquei pensando que talvez esteja criando uma menina muito boazinha e muito bobinha que não sabe se defender.
E hoje ela me mostrou que não é bem assim... Estávamos no consultório da pediatra, e como ía demorar, peguei os dois backiardigans que estavam na bolsa e dei para ela brincar. Um garotinho que parecia estar meio "entediado" se aproximou e eu falei para ela emprestar um para ele e ficar com um. Ela emprestou numa boa, só que o moleque, muito malandrinho, tomou o outro da mão dela e correu para perto da mãe. Eu pedi para Beatriz esperar um pouquinho que ele iria devolver, só que a mãe ficava: "Devolve pra ela, devolve pra ela", mas não tomava uma atitude. Até que a mãe decidiu pedir os brinquedos como se fosse para ela e o garoto deu. Ela veio até nós e devolveu para Beatriz, o menino também veio (atrás da mãe) e começou a chorar. A Beatriz emprestou de novo um para ele, e mais uma vez o garoto tomou o outro da mão dela, dessa vez não falei nada com a Beatriz e a deixei ir atrás dele. Ela foi, tentou tomar da mão dele, mas não conseguiu. A mãe do garoto tomou da mão dele e deu para Beatriz, o garoto veio chorando atrás dela de novo, mas dessa vez ela não teve pena. Olhou para o moleque, engrossou a voz e disse:
- "Cabô, Miguinho! Tem maix não!" Olhou pra mim e disse: "Gadá na bolsa, mamãe!" O moleque continuou chorando e ela falando: "Cabô Miguinho!". O M. e eu olhamos um para o outro com um sorriso no olhar, ficamos com pena do menino, mas a "culpa" foi dele (da mãe dele) mesmo.
É óbvio que eu não queremos que ela seja uma menina má, egoísta, mas ficamos felizes ao vê-la se defendendo.