A Melhor Hora do Dia

Que a minha Moranguete gosta de ficar em casa comigo, é fato. Temos sempre muitos beijinhos, miminhos, ela se enroscando em mim... Mas a hora mais feliz do dia, para ela, é a hora em que o pai chega.

O M., inventou que ela tem que guardar o carro com ele. Então ele chega, estaciona o carro no portão e vem buscá-la. Quando ela o vê, é um sem fim de festinhas e : Mmá! Cáááá! (Papai! Carro!). E vão os dois guardar o carro. É algo que dura no máximo 1 minuto, entre entrar no carro, e ele colocá-lo na garagem, mas ela fica tão feliz! Se achando a mais importante das importantes sentada no banco do carona (pois é, o pai só ensina o que não presta). Tirá-la de lá nem sempre é fácil, mas vale a pena ver a felicidade dela, com seu oito dentinhos à mostra, toda esparramada no banco do carona, ao lado do pai.

E o mais engraçado é quando ela está cheia de sono, para tirar a sonequinha diária, já com a chupeta na boca e de repente lembra... Cospe a chupeta, junto com uma chuva de baba, e fica gritando: Mmá! Cáááá!

Até ela lembrar que estava com sono...

Mas Nunca um Ponto Final

B., M. e L. eram muito, muito amigos, de longuíssima data. Até que L. conheceu uma pessoa, G., daquelas do tipo "lobo em pele de cordeiro", que fez uma pequena lavagem cerebral em L. e conseguiu destruir a amizade dele com M.. B., que sempre foi do tipo conciliadora, tentou reunir os amigos, mas M. estava magoadíssimo e L. também já tinha tomado sua decisão. B. ficou muito triste e tentou de todas as formas continuar sendo amiga dos dois, ainda que eles não se falassem. Foi muito difícil, porque, enquanto isso, G., que nem era amigo de B. ligava para ela e falava um monte de besteiras sobre M.. Infelizmente, B. acabou ficando do lado de M., coisa que 90% dos amigos em comum fez, pois M. realmente tinha sido "vítima".

Um ano e meio se passou e as 597 máscaras de G. caíram e L., sozinho, percebeu que tinha agido muito, muito mal. Assumiu seu erro e pediu desculpas a M., que depois de muito relutar, aceitou retomar a amizade. E o que aconteceu com B.? Continua sem falar com L..

B. sou eu. Triste, pois sei que também agi mal. Porque sei que na hora que L. mais precisou, todos os amigos lhe viraram as costas, inclusive eu, sem pensar que todo ser humano comete erros, ainda mais quando há sentimentos grandes na história. Me sinto estranha, porque hoje, a amizade entre L. e M. está voltando às boas, mas eu não estou incluída no contexto como sempre estive.

E que bom, que o ser humano é capaz de errar, de perdoar, de amar, porque, hoje é aniversário de L., o que me dá um motivo para pedir desculpas por ter me afastado, por não ter sido tão amiga, como até deveria e poderia ter sido, mesmo quando G. me inseriu numa "briga" que não me cabia resolver... Mesmo quando G. ligava para o meu celular (que eu NUNCA tinha dado o número), para falar mal até do meu marido... Sei que eu poderia ter ficado ao lado de L., mesmo que ele estivesse "cego" naquele momento.

L., não sei se você passa por aqui, mas quero te desejar um Feliz Aniversário! Sabe quando a gente brincava com os clichês dos adolescentes, daqueles do tipo: "Espero que nossa amizade tenha sempre vírgulas, mas nunca um ponto final"? Pois é, hoje quero te dizer isso de verdade, Amigo!

Caneta

O Amor nos Deixa Surtados

A minha irmã é perdidamente apaixonada pela Beatriz. Todas as segundas-feiras, ela tem folga no trabalho e vem de B. (bairro onde mora), para cá (moramos no RJ, mas em cidades diferentes), ver a Beatriz, são quase 2:30h de ônibus para vir e quase 2:30h para voltar para casa.

Hoje, antes de vir, ela me liga:

Erika (dindinha surtada): - Beth, estou Shopping comprando o presente da Beatriz.
Eu: - Já é o do aniversário?
Erika (dindinha surtada): -É.
Eu: - Legal (eu já sei o que é). E aí? Você não vem hoje?
Erika (dindinha surtada): - Então, estou indo para aí e queria saber se posso levar o presente.
Eu: - Ué? Mas para quê? Para já ficar guardado aqui?
Erika (dindinha surtada): - Não, é que eu queria ver a carinha dela depois de abrir o presente.
Eu: - Tá falando sério? É óbvio que eu não acho uma idéia normal, você querer dar o presente de aniversário com 2 semanas de antecedência...
Erika (dindinha surtada): - Ah, então está bem. Vou deixar aqui na loja e amanhã eu pego. :(

Eu mereço?

Ela diz que quando o ônibus está chegando aqui perto de casa, ela sente um frio na barriga de tão ansiosa que fica para ver a Beatriz. Quando chega dá mil beijos nela, diz um milhão de vezes que a ama e fica fazendo umas danças estranhas que a Beatriz adora e cai na gargalhada.

Eu amo a minha irmã, por ela tenho vontade de ter outros filhos e tenho certeza que a minha filha também a ama muito. Mas que ela surta de vez em quando, não há dúvidas.

Na Nossa Cama de Novo

Há um tempinho atrás tentamos readaptar a Beatriz ao quartinho dela. Não foi de todo ruim, ela ia dormir mais ou menos às *21:30h, ia até meia-noite, mamava, dormia de novo até 3:00h e depois ia para o nosso quarto, rotina normal, quando não havia pirraça. Mas já tem um tempinho que quando acordava à meia-noite, depois de mamar, já não queria mais ficar no quartinho dela. Dormia, mas acordava de 5 em 5min. E eu tinha que levá-la para dormir conosco.

Só que agora, ela não quer mais dormir no quartinho dela de jeito nenhum. Só dorme se estiver grudada comigo, sempre em uma posição estranha (nunca deitada "direitinho"), e com algum dedo na minha boca. E se depois que ela dormir, eu a colocar no quartinho dela, em no máximo 10 min. ela acorda e todo o processo de niná-la recomeça.

Já não sei mais o que eu faço. O sono dela está agitadíssimo, ela fica virando de um lado para o outro, tenta ficar em pé ou em posição de engatinhar, e eu não durmo, pois no berço há as grades que a protegem, mas nossa cama, ainda que eu esteja de um lado e o M. do outro, ela fica vulnerável.

Dormir na cama conosco não é o "pior", mas tenho medo que ela se machuque. Esta semana devemos ir à pediatra e vou perguntar se há algo que eu possa fazer para tornar as noites um pouco mais "tranqüilas". Mas também aceito dicas por aqui.

* Horários aproximados.